Campeão mundial, DJ Erick Jay pede que profissão não seja banalizada
Erick Garcia, mais conhecido como Erick Jay, está no topo da lista dos melhores DJs do Brasil. Amante da arte dos toca-discos, ele entrou para a história da discotecagem depois de conquistar dois dos maiores campeonatos de DJs do mundo.
Em 2016, foi campeão do DMC World Supremacy 2016 (Londres) e do IDA World 2016 (Polônia). Mais recentemente, conquistou o DMC Online 2019, além de dezenas de títulos nacionais e pódios em outras competições internacionais.
Quando não está competindo, Erick ministra workshops, toca em bailes e festas. Atualmente, o DJ acompanha o rapper Black Alien em seus shows. No próximo dia 26, terá uma apresentação no centro de São Paulo, às 17h, como parte da programação do mês do hip hop.
Hoje, quando é comemorado o dia mundial do DJ, Erick fala sobre a missão de levar entretenimento ao público e pede respeito pela profissão.
Adriana: O que você mais tem a comemorar no dia mundial do DJ?
Erick Jay: Apesar de ser um dia muito especial para mim e meus amigos DJs, ainda falta um pouco mais de reconhecimento. A nossa profissão é muito séria, não pode ser banalizada como um monte de gente acha. Após o desabafo (rs), temos que comemorar! O mercado da música está cada vez maior, festivais, festas e eventos acontecendo no Brasil, muito mais que em outros países, inclusive.
Você tem vários títulos nacionais e internacionais, toca com importantes artistas do hip hop. O que você busca neste momento para sua carreira?
Bom, eu busco sempre me manter no topo, na ativa, em evidência para sempre estar trabalhando. Na nossa carreira, é muito difícil subir e, mais difícil ainda, se manter, principalmente na era da tecnologia que surgem novos DJs a cada dia.
O que você acha que falta para a arte do toca-discos ter mais destaque no cenário musical?
Eu acho que é necessário mais reconhecimento com a verdadeira arte. Nos anos 80, 90 e 2000 foi uma época muito boa para os DJs que tocam em toca-discos, eu comecei a tocar nesta época e vi o quanto foi importante. Com a tecnologia surgiram vários DJs (bons e ruins) com outras plataformas, mas a arte dos toca-discos ainda continua viva em vários bailes. Acho que falta uma educação musical e uma valorização da música mesmo. Quantas vezes já ouvimos uma música em alguma festa que mudou nossas vidas? O DJ tem a função de divertir, mas também de compartilhar informação.
Na sua opinião, quais os principais nomes da sua área? Os nomes que te inspiram.
Os DJs que me inspiram até hoje são KL Jay, Marky, Luciano, RM, CIA, King, Patife, Nuts, Hadji, Kleber Barry, Koco, Cinara e mais.
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