De balada de Pitty a camarim zen do Natiruts: 5 bastidores do João Rock

No último sábado (9) aconteceu em Ribeirão Preto, a 300 quilômetros da capital paulista, o festival João Rock. A 17ª edição do evento, que homenageou a Tropicália, teve line-up exclusivamente de artistas nacionais.

Além dos representantes do movimento Gilberto Gil, Mutantes, Caetano e Tom Zé, também se apresentaram nomes da elite do pop rock nacional, como Skank, Pitty, Gabriel O Pensador, Natiruts, Criolo, Raimundos e Planet  Hemp.

Cheguei por volta das 16h nos bastidores do palco João Rock, quando se apresentava o Cordel do Fogo Encantado. Na sequência, subiriam ao palco Supercombo, Raimundos, Skank, Pitty, Natiruts, Gabriel O Pensador, Criolo e Planet Hemp.

Entre uma subida ao palco para acompanhar um show, entrada nos camarins e troca de ideia com músicos e empresários, o assunto que ganhou força do início ao fim foi a coragem de se realizar um festival só com bandas nacionais, principalmente tendo em vista os momentos político e econômico que atravessam o país.

O clima nos bastidores era de festa e, qualquer problema técnico era minimizado ou ignorado. Afinal, são raras as oportunidades de encontro entre tantos músicos em um só lugar. Gostaria que o público pudesse ver essa celebração à música e o tesão com que cada um de seus ídolos subia ao palco. Depois da apresentação, desciam ainda mais felizes pela boa receptividade do mar de gente que entoavam seus hits.

Destaco abaixo cinco fatos que chamaram minha atenção nas dez horas em que circulei de um lado pro outro pelos bastidores do palco principal.

Balada no camarim de Pitty

Como um dos nomes mais celebrados do festival, a cantora mostrou a força da mulher no rock. Apresentou a recém lançada "Contramão" ao lado de Tássia Reis e Emmily Barreto e desceu do palco radiante. Quem acompanha Pitty nos stories pôde ver um pouco da grande festa que virou o camarim. Rolou todo tipo de som. A área de entrada do camarim se transformou em muvuca com direito a muitos curiosos.

A empolgação de Samuel Rosa

Ainda no palco, o vocalista do Skank falava da importância do evento para a cena nacional. Acostumado com a 'torcida' que acompanha seus shows e a se apresentar em grandes festivais como o Rock in Rio, o cantor não se cansou de exaltar a coragem de organizar um festival do tamanho do João Rock. Foi com essa energia que Samuel, que acabou seu show por volta das 20h, só deixou o evento perto de meia noite. Tava bonito de ver.

Camarim "tranquilão" do Natiruts

A "good vibe" das músicas de Alexandre Carlo começa na personalização do camarim. Com imagens de deuses hindus, quadro de Bob Marley e outros apetrechos, a sensação era como se estivesse entrando em um templo de paz, energia que permeia a banda desde o início de sua trajetória. Com essa tranquilidade os integrantes se mantiveram do início ao fim.

Troféu simpatia para BNegão

Quem conhece sabe que o vocalista do Planet Hemp é dos mais queridos. Ele sempre atende um a um com atenção, seja para selfies ou para conversar sobre qualquer assunto. Ele é sempre muito bem recebido pelos outros colegas. No João Rock não foi diferente. Ainda no hotel, ele pedia desculpas pelo sono, pois havia acabado de chegar de um show em São Paulo. Mas, nos bastidores, ele já era outro. Atendeu pedidos de fãs, fez fotos com a galera, antes e depois da apresentação.

Festa entre empresários

Se já é complicado concentrar vários artistas num mesmo local, imagina empresários. Mas o João Rock deu essa oportunidade a eles. Desses encontros devem também sair algumas parcerias e novidades que informarei na medida que forem acontecendo. O diretor artístico da Sony Bruno Baptista esteve no rolê prestigiando seus artistas e garimpando novos talentos.

*A jornalista viajou a convite do festival