Filho de Renato Russo vibra com sucesso de "Boomerangue Blues" na novela
Desde outubro de 2017, quando a novela "O Outro Lado do Paraíso" foi ao ar pela primeira vez, surgiu a curiosidade em torno da autoria e da voz por trás de "Boomerangue Blues".
Passado três meses, o refrão "tudo que você faz, um dia volta pra você", que toca várias vezes de segunda a sábado, entre 21h e 21h30, na abertura da novela de Walcyr Carrasco, continua chamando atenção do telespectador.
Por várias vezes, foi um dos assuntos mais comentados no twitter. E ainda gera dúvidas sobre sua origem: mas que canção é essa?
De autoria de Renato Russo, "Boomerangue Blues" traz o som original, quase como uma demo do cantor. A música representa todo o clima da trama, que discute por meio de ficção, as leis de ação e reação. Pode ser ouvida no álbum póstumo "Presente".
Sob alcunha de "Bumerangue Blues", o Barão Vermelho gravou a canção para o álbum "Declare Guerra", lançado em 1986.
Em uma conversa exclusiva com a coluna, Giuliano Manfredini, filho do compositor, fala sobre a repercussão da música do pai na trilha da novela e os rumos da exposição de Renato em cartaz em São Paulo.
Leia abaixo os trechos da conversa:
Adriana: "Boomerangue Blues" na abertura de "O Outro Lado do Paraíso" está gerando uma grande repercussão. Imaginava tudo isso?
Giuliano Manfredini: Quando vi a sinopse da novela fiquei impressionado como a letra se encaixava como uma luva no roteiro. E sei que isso foi uma simbiose orquestrada pelo Mendoncinha [Mauro Mendonça Filho, diretor artístico da novela], ele é um craque!
Gostaria muito que ele dirigisse alguma das obras do meu pai para a TV. Para mim, o trabalho dele em "Verdades Secretas" foi a melhor série da televisão brasileira.
Muita gente não tem ideia que a música é do Renato. Você soube disso? Por que acha que isso aconteceu?
Me ecoa através dos seus incontáveis admiradores e das redes sociais, de outra maneira. A forma elegante de como é colocada somente na abertura, com apenas a junção de duas estrofes, não ficou maçante e tem despertado a curiosidade para se conhecer mais ainda a canção e a densidade que meu pai sempre imprimiu em todas as suas letras, tanto em sua carreira solo, como neste caso do "Trovador Solitário", assim como nas das bandas que ele criou. E mais, Renato Russo hoje, é de A à Z, é de 8 à 80. Como costumava dizer: "não faço as minhas músicas só para FM, faço para AM também". Ele transcendeu!
Depois dessa repercussão pretende algum relançamento da canção?
Ainda não pensamos nisso, até porque trata-se de uma novela que marcará história, e a canção é praticamente um roteiro inspirador da própria trama, acredito. E como você mesma diz, em tão pouco tempo já causou um impacto tão grande não só pela dramaturgia, mas pelos extraordinários picos de audiência.
Vejo o Renato aí! Acho que tá bom, né?
A exposição do MIS está chegando ao fim e foi um sucesso. Você pretende levá-la para outra cidade?
A Legião Urbana Produções tem um contrato com o MIS sem fins lucrativos, mas já considero exitoso, e que continua até o final de fevereiro. O trabalho deles foi muito, muito além da expectativa, com uma curadoria impecável do André Sturm e sua equipe, e é lógico que estamos pensando em um futuro a longo prazo.
Mas ainda estamos em fase de negociação que inclui outras cidades. Principalmente agora, depois de ter sido gratificada pelos leitores da Folha de São Paulo, como a melhor exposição do ano com quase 50% da votação do público, disputando entre 10 exposições, também grandiosas. É certo que vai continuar!
Há mais projetos com o legado do Renato que você está preparando?
Sim, esse ano é especial. Ele será dedicado a "Eduardo e Mônica - O Filme".
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