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Kutcher se emociona com filhos e defende educar quem minimiza racismo

9.jan.2019 - Ashton Kutcher durante evento em Los Angeles, Califórnia - Michael Kovac / Getty Images para WeWork
9.jan.2019 - Ashton Kutcher durante evento em Los Angeles, Califórnia Imagem: Michael Kovac / Getty Images para WeWork

Do UOL, em São Paulo

03/06/2020 12h30

Depois demonstrar apoio aos movimentos "Black Lives Matter" e "Blackout Tuesday" ("Vidas Negras Importam" e "Terça-feira do apagão", na tradução em português), Ashton Kutcher voltou às redes sociais hoje para explicar por que as pessoas estão se aliando ao movimento "All Lives Matter" ("Todas as Vidas Importam", em português), que minimiza o racismo e prega que a violência acontece para todos, devem entender o contexto atual.

"Não acho que as pessoas que usam o 'All Lives Matter' devem ser canceladas. Acho que deveriam ser educadas", explicou o ator em vídeo publicado no Instagram.

"Todos nós concordamos com o 'All Lives Matter', mas tive uma experiência realmente comovente hoje à noite quando estava colocando meus filhos para dormir", completou.

Contextualizando, Kutcher contou que ao explicar ao seu filho Dimitri, de três anos, que sua irmã Wyatt, de cinco, deveria começar as atividades primeiro, conseguiu entender a importância do movimento.

"Eu disse [para Dimitri]: 'Você sabe por que as garotas são as primeiras? Para você e eu, as garotas são as primeiras, mas, para alguns garotos, elas não são'", relembrou o ator.

"Então, quando se trata de 'Black Lives Matter', acho que o pessoal que está escrevendo o 'All Lives Matter' precisa entender é que, para algumas pessoas, a vida negra não importa, então para nós, a vida negra importa. Então, mesmo que você tenha as melhores intenções em dizer que todas as vidas importam, lembre-se que, para algumas pessoas, vidas negras não importam nada", acrescentou.

O movimento "Black Lives Matter" e os protestos antirracistas nos Estados Unidos começaram após a morte de George Floyd. O homem negro de 40 anos morreu no dia 25 de maio depois de ter sido imobilizado com um joelho sobre o pescoço durante uma abordagem policial violenta na cidade de Minneapolis, no estado norte-americano de Minnesota.

Já a "Blackout Tuesday" promoveu um "apagão" ontem nas empresas e negócios para manter o foco nas manifestações relacionadas ao "Black Lives Matter".