Tom político marca a noite do happy hour da Virada na varanda do palacete
Um dos nomes mais esperados da noite desta sexta-feira (20), Arrigo Barnabé e suas meninas tomaram a varanda do Palacete Tereza Toledo Lara, no centro de São Paulo, após o show de Luís Tatit. “Orgasmo Total” abriu a apresentação por volta das 20h. “Ficaram excitados?”, perguntou esbanjando sensualidade a cantora Levita Nestrovski.
Quem esperava uma postura política de Arrigo ficou a ver navios. Mas após o show ele contou à reportagem do UOL que estava nos planos cantar uma música em homenagem a Dilma, a canção “Vai Menina Vai”. “Não consegui ler a partitura, estava no tom de Livia”, explicou o músico.
Questionado sobre a temperatura politica do país e dos respingos na área cultural, ele foi ácido: “Não tenho reivindicações a esse governo, porque não o reconheço”. O músico frisa, porém, que não é petista, mas é contra o impeachment.
Após o show de Arrigo, em vez de Monica Salmaso, que se atrasou, quem assumiu a varanda foi Passo Torto e Meta Meta. O tom político voltou. Kiko Dunucci elevou os ânimos com um discurso a favor dos excluídos.
“Precisamos de mais mulheres, gays e negros no poder, porque eles são os mais perseguidos”. O músico também comemorou a ida da Casa de Francisca para o palacete. “É um grito de resistência num lugar esquecido culturalmente no centro da cidade”.
O momento mais intenso da noite foi durante a canção “Cálíce”, de Chico Buarque, no show que encerrou a noite, de Monica Salmaso e Renato Braz. Nesse momento, o coro “fora Temer”, que foi ouvido a noite toda, entre um show e outro, ganhou mais força.
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