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"Além de um pai, ele foi um herói", diz filho de Mussum sobre descoberta do legado do pai

Mussum na época em que atuava no programa "Os Trapalhões" - Divulgação
Mussum na época em que atuava no programa "Os Trapalhões" Imagem: Divulgação

Guilherme Solari

Do UOL, em São Paulo

29/07/2012 07h00

O filho do comediante e músico Mussum, Antônio Carlos de Santana Bernardes Gomes, conviveu cerca de um ano apenas com o músico e humorista, que morreu há exatos 18 anos de complicações depois de uma cirurgia cardíaca. Conforme cresceu, Mussunzinho, como Antônio é conhecido, entrou em contato com o trabalho do pai e se apaixonou por seu legado.

“Conheci o trabalho dele e vi que além de um pai ele foi um herói”, disse Mussunzinho ao UOL. “Ele foi um artista completo, fazia humor, dançava e cantava muito bem. E fazia isso em uma época de racismo muito forte. Ele se juntou a outros três humoristas maravilhosos para formar os ‘Trapalhões’ e, juntos, eles conquistaram o mundo”.

Dominando o “Facebookis”

Mussum, que morreu até antes da difusão da internet, faz mais sucesso na rede do que muitas celebridades atuais. Montagens de fotos suas em posições diversas são compartilhadas por redes sociais como Facebook e Twitter. Isso mostra que adolescentes que não tinham nascido quando Mussum estava vivo são fãs do humorista.

“Esse sucesso na internet me deixa muito impressionado e gratificado ao mesmo tempo”, falou Mussunzinho. “Tem tanta modinha que nasce e morre na internet a cada dia, e saber que as pessoas estão lembrando do trabalho dele depois de tanto tempo e divulgando é uma coisa impressionante”.

Ele diz que a imagem de Mussum que sobreviveu na internet condiz com quem ele foi. “Ele era assim mesmo. Eu tive pouco contato, mas todas as vezes que encontrei com quem trabalhou com ele, como humorista ou no ‘Originais do Samba’, tive essa reação de alegria”.

Mussunzinho, que também é ator, disse que não se sente na sombra do humorista. “Eu me sinto muito agradecido. Ser filho do Mussum é uma realização pessoal para mim. Muita gente trabalhou com meu pai, mas isso não quer dizer que portas profissionais foram abertas. O que eu agradeço é o carinho que recebo por causa dele”.