Mulheres superam homens em posse de tatuagens nos Estados Unidos, diz pesquisa
Com estandes de tatuadores de diferentes nacionalidades, a cidade de Nova York recebeu entre os dias 18 e 20 de maio a 15ª Annual Tattooing Convention, em Manhattan. E grande parte desse público foi de mulheres.
De acordo com pesquisa recente, é a primeira vez que as mulheres superam os homens em posse de tatuagens nos Estados Unidos. Os dados estimam cerca de 23% de mulheres tatuadas frente a 19% de homens. A pesquisa foi feita pela Harris Poll.
A atriz Lucy Challenger, de 28 anos, é um dos exemplos da pesquisa. Challenger viajou de Londres para que terminassem uma tatuagem enorme iniciada há dois anos. Quem vai tatuá-la é uma artista chinesa que viajou de Los Angeles para a Convenção.
Impossível não notá-la: Lucy está seminua e deitada em um banco, com os fones de ouvido do iPad para tentar matar o tempo. Sua sessão dura oito horas, das 16h00 à meia-noite. Lucy está tatuando uma ave fênix na nádega direita, que sobe até a parte baixa das costas. O custo é de milhares de dólares. "É um investimento que nem todo mundo pode se permitir, mas isso se faz uma vez na vida", explica.
Outro personagem que comprova a pesquisa é Bill Tarr, dono da "Totem Tattoo" há 20 anos, que confirma que agora tem mais clientes mulheres. Além disso, diz que, se pudesse escolher, tatuaria apenas mulheres. As tatuagens das mulheres são "menos violentas", explica, e "mais decorativas".
Outras duas jovens brasileiras consultam um catálogo ainda um pouco surpresas com a exuberância das tatuagens nova-iorquinas. Hannah Gopa, uma estudante de fotografia, é uma das poucas pessoas sem tatuagem entre os visitantes. Está "pensando" em fazer alguma, já que todos seus amigos têm ao menos uma, mas ainda está hesitando. "É uma forma de dizer aos demais quem você é sem dizer nada, mas eu não sei quem sou", diz, rindo.
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