É difícil pensar em um apresentador que já tenha recebido famosos tão diferentes em seus programas. Serginho vai de Ivete Sangalo a Kiss, de Anitta a João Carlos Martins, de Laura Pausini a É o Tchan... E tudo bem!
Ele entendeu a importância de abraçar a música popular quando recebeu no "Matéria Prima" o cantor Ovelha, que fez sucesso nos anos 1980 com "Te Amo, o que Mais Posso Dizer?".
Com o tempo, fui percebendo que o importante não é quem você convida, mas o que você faz com o convidado. O que você extrai desse convidado. Porque, às vezes, tem histórias muito interessantes com convidados que são muito populares e que não são extraídas.
Mas a história de Serginho com os artistas começou bem antes, nos anos 1970, quando ele produzia shows no Centro Cultural Equipe —sim, do mesmo colégio em que estudou. Ele levava os artistas que não podiam se expressar, por conta da ditadura militar. No dia das apresentações, ia buscar os convidados em casa com seu fusca branco.
No meu fusca foram, em um dia só, Cartola, Nelson Cavaquinho, Delegado, Dona Zica e Clementina, todos amontoados ali. Peguei Gil, Caetano, João Bosco, Walter Franco. Conheci Luiz Melodia, conheci os Novos Baianos. Então, isso vem de quando eu tinha 20 e poucos anos, essa minha relação com os artistas.
O resto é história, e ninguém acha estranho que, mesmo em plena pandemia, Serginho tenha conseguido reunir, para um "Altas Horas" especial de aniversário (a distância, claro) um time com nomes como Cauã Reymond, Tony Ramos, Taís Araújo, Lázaro Ramos e Sandy.