Dizem que Elvis Presley não morreu, se transformou num anônimo caminhoneiro e passa seus dias rodando pelas estradas de Memphis. Com Raul Seixas, considerado o pai do rock brasileiro, morto há exatos 30 anos, não poderia ser diferente. Há quem acredite que ele viva oculto no interior baiano plantando cacau. E há também versões mais bizarras, como a de que no fatídico dia 21 de agosto de 1989, quem partiu em seu lugar foi um cover, e que o roqueiro verdadeiro teria se mudado para algum canto longínquo dos Estados Unidos onde viveria até hoje.
E depois de morto sua fama não para de crescer. Por tudo isso, para uma legião cada vez maior de fãs, é claro que o maluco beleza não morreu.
O apelido, como todos sabem, veio de um dos maiores sucessos do roqueiro baiano, a canção Maluco Beleza, composição de Raul Seixas e um de seus principais parceiros, Claudio Roberto. O título da canção, gravada no disco de 1977, O Dia em que a Terra Parou, se tornou uma marca registrada do "raulseixismo", um sinônimo do estilo de vida do artista, e inspiração para os incontáveis fãs.
Para celebrar a memória do saudoso roqueiro, autor de outros tantos hinos cantados por todos os cantos e gente de todas as idades, como Sociedade Alternativa, Mosca na Sopa e Como Vovó Já Dizia, a reportagem do UOL saiu às ruas para encontrar alguns malucos beleza que circulam por aí. Não foi preciso procurar muito. Encontramos sósias de Raul Seixas que ganham a vida imitando o ídolo até na Flórida, nos EUA.