Esqueça Lollapalooza, Coachella, Glastonbury, Wacken ou Rock in Rio. Se um extraterrestre pousasse na Terra querendo descobrir o significado do termo "festival de música", qual foto de evento você mostraria para ele? Se a resposta automática não for Woodstock, você provavelmente não andou por este planeta nos últimos 50 anos.
"Marco da contracultura", "maior espetáculo da Terra" ou "o dia em que milhares de jovens de cuca legal resolveram aparecer para ver de graça uns shows bacanudos em uma fazenda", o festival que aconteceu entre 15 e 18 de agosto de 1969 passou à história como um dos eventos mais importantes e de maior impacto cultural do século 20. Em três dias de paz, amor e música que definiram uma geração, a terra parou --e pirou.
Exatas cinco décadas depois, com o surpreendente cancelamento da edição que comemoraria meio século do festival que mudou o mundo, paira a pergunta: seria possível realizar um novo Woodstock, com o mesmo ou ao menos parte de seu apelo e significado original, em tempos fluidos de internet e eventos cada vez mais profissionais e midiáticos, pautadas pelas cifras de grandes corporações?