A inesperada morte de Michael Jackson em 25 de junho de 2009 transformou a imagem pública de um astro em corrosão, na época lembrado tanto pela música quanto por suas excentricidades, e o elevou a um patamar inédito: de gênio inconteste do pop. Hoje, dez anos depois, essa história de renascimento ganhou novos e controversos ingredientes.
Envolvido em mais um escândalo de abuso sexual infantil, desvelado no documentário Leaving Neverland, o autor de Thriller e do passo moonwalk foi recolocado na berlinda e teve a reputação questionada pela primeira vez em uma década, indo a julgamento nas redes sociais. Sua obra, no entanto, segue intocada.
O álbum Thriller, o mais vendido da história, e o videoclipe da faixa-título permanecem como estrelas do acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington. Mais do que isso. Mesmo após a denúncia, suas criações continuaram homenageadas em importantes museus americanos, estrelando de campanhas publicitárias a espetáculo do Cirque Du Soleil. Homenagens para marcar os dez anos de morte são realizadas em várias partes do mundo
Em termos financeiros, outra medida do sucesso, Michael jamais perdeu a majestade. Segundo a revista Forbes, seu espólio faturou cerca de US$ 400 milhões ao ano (cerca de R$ 1,5 bilhão) em 2018, dez vezes mais que o segundo lugar da lista de artistas mortos mais bem pagos, Elvis Presley --colocação em que, segundo especialistas, deve permanecer durante os próximos anos.
Para tentar entender melhor como Michael Jackson chega a 2019, o UOL conversou com três fãs brasileiros famosos, um "quase fã" e um jornalista que viveram -e ainda vivem- de perto a carreira e o legado do Rei do Pop.