Enquanto posa para as fotos que ilustram esta reportagem, Lauana Prado, 30, tenta explicar ao UOL do que é feita sua música, que há meses não sai da lista das mais tocadas no Brasil. "É sertanejo, sim, mas não é sofrência", delimita. "Mas também não é só sertanejo. Eu digo que é mais livre. É sobre amor. Sou da good vibe." O alto astral exalado por todos os poros --e tattoos-- da goiana pode ser interpretado como um reflexo de sua própria resiliência. A caminhada foi tortuosa.
Antes de estourar com "Cobaia", que já passa de 250 milhões de visualizações no YouTube com dois vídeos e outras tantas nas demais plataformas, Lauana enfrentou preconceito por ser mulher e sertaneja, teve de encarar jurados de programas de TV e, para se firmar no meio sem ser confundida com a parceira de Maraísa --afinal, seu primeiro nome é Mayara--, ainda precisou mudar a alcunha artística. Tudo isso vem sendo recompensado com juros e correção.
"Já pensei em desistir muitas vezes", confessa. "Mas há três, quatro anos, conheci o Fernando [da dupla com Sorocaba, que virou seu produtor e empresário] e optei pelo caminho de compositora. Precisava ganhar credibilidade. Deu certo. Roberta Miranda, Edson & Hudson, Solange Almeida. Várias pessoas gravaram minhas músicas. Foi aí que comecei a enxergar a possibilidade de nunca mais cogitar em parar. Estou vivendo um sonho."