Nunca tinha mergulhado em mim. Eu tenho 34 anos e, até pouco tempo atrás, eu não falava só por mim. Quando estava no NX Zero, mesmo se ia aparecer sozinho, eu me expressava respeitando o que os outros da banda iam gostar. Agora, sou só eu.
Quando eu olhava meu nome sozinho nos banners, eu pensava: "Será que eu estou sendo egoísta?". Mesmo com a pausa do NX Zero, para mim foi complexo até entender o que eu queria fazer.
Era um medo de dar a cara à tapa. E a insegurança? Não é uma banda, não é um alter ego. É meu nome que está ali.
Por muito tempo me perguntei: "Será que eu estou sendo injusto?". Pensei em viajar, passar um tempo fora, ir para Austrália, estudar inglês. Tirar um ano sabático. Fazer outra parada. Mas não consigo. Preciso fazer som, é isso o que me move. Mas não cheguei nessa conclusão do dia para a noite.
Demorei para entender que estava sendo eu mesmo. Demorei para entender que fiz uma passagem foda com a banda e pronto. Demorei para ver que está tudo bem. Meus amigos estão todos bem. Eu estou seguindo o caminho que eu tenho certeza que eu quero.
Tudo é um processo. É amadurecimento! E só de uns tempos para cá fiz essa leitura. Eu não era um frontman.