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Grammy endurece regras de conflitos de interesse e promete show em janeiro

Tyler, the Creator posa com o troféu do Grammy em 2020 - Frederic J. Brown / AFP
Tyler, the Creator posa com o troféu do Grammy em 2020 Imagem: Frederic J. Brown / AFP

Jill Serjeant

Em Los Angeles

10/06/2020 19h28

Os organizadores da premiação anual do Grammy anunciaram nesta quarta-feira regras mais rígidas sobre conflitos de interesse, depois de alegações de que as indicações para os principais prêmios da indústria musical são manipuladas.

Eles também disseram que a próxima cerimônia do Grammy acontecerá, como planejado, em janeiro de 2021, apesar da epidemia de coronavírus que frustrou diversos eventos culturais.

Pelas novas regras divulgadas pela Academia de Gravação dos Estados Unidos, membros dos comitês que indicam artistas para os Grammys precisam declarar de antemão se têm algum laço financeiro, familiar ou de outro tipo com artistas sendo cogitados.

Não revelar voluntariamente tais relações impedirá tais pessoas de participarem do processo no futuro.

As alegações de que o processo de indicações ao Grammy é adulterado foram feitas em uma queixa apresentada em janeiro pela ex-executiva chefe da Academia de Gravação, Deborah Dugan.

À época, a academia descreveu as acusações de Dugan de que seus membros privilegiaram artistas com os quais têm relacionamentos como "categoricamente falsas, enganadoras e erradas". Mais tarde ela foi demitida.

Todas as mudanças e regras dos Prêmios Grammy serão publicadas no site da Academia de Gravação para refletir "um compromisso contínuo de evoluir com o panorama musical e para fazer com que o processo de indicações e as regras dos Prêmios Grammy sejam mais transparentes e justos", disse a entidade em um comunicado.