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Redes de cinema dos EUA miram retomada com temporada tardia de blockbusters

Lisa Richwine

Da Reuters, em Los Angeles

14/04/2020 15h58

Operadoras de cinema dos Estados Unidos, que foram forçadas a fechar suas portas em março para ajudar a conter a disseminação do coronavírus, pretendem receber multidões de volta no final de julho para um início tardio da temporada de verão.

Antes disso, as redes estão considerando um período de transição quando abririam alguns locais em partes dos EUA onde o surto de coronavírus está diminuindo mais rapidamente. Isso pode começar já em meados de junho, disse Patrick Corcoran, porta-voz da Associação Nacional de Proprietários de Cinema, embora ele tenha chamado qualquer linha do tempo de "provisória".

O momento dependerá da orientação das autoridades de saúde, afirmou.

Entre os desafios dos cinemas estão garantir que os cinéfilos se sintam confortáveis em se reunir em grupos e ter uma variedade de filmes atraentes.

É improvável que os estúdios de Hollywood lancem filmes de grande orçamento sem conseguirem montar um lançamento nacional. Blockbusters como "Mulan", da Walt Disney, e "Mulher-Maravilha 1984", da Warner Bros, estão programados para final de julho e agosto.

"Existem duas escolas de pensamento", disse Corcoran. "As pessoas estarão muito tensas, cuidadosas e nervosas, ou estarão desesperadas para sair de casa. Provavelmente será uma mistura."

Durante as primeiras semanas de volta aos negócios, os cinemas provavelmente exibirão filmes clássicos ou filmes que estavam sendo exibidos em março, segundo Corcoran.

Isso pode significar reviver um musical adorado como "Grease" ou uma maratona de filmes "De Volta para o Futuro" ou "Harry Potter", disse Brock Bagby, vice-presidente executivo da B&B Theaters, que opera 400 salas de cinema em sete Estados.

Os executivos estão discutindo maneiras de atrair o público, como organizar concursos de fantasias em torno de um filme de "Harry Potter" ou servir "butterbeer", a bebida favorita de Potter, disse Bagby. Não estão na agenda "dramas tristes ou muito pesados", afirmou.