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ViacomCBS lançará serviço de streaming na América Latina e deve incluir Brasil

Cena do primeiro episódio da quarta temporada de Riverdale, que pertence a ViacomCBS - Divulgação/Warner
Cena do primeiro episódio da quarta temporada de Riverdale, que pertence a ViacomCBS Imagem: Divulgação/Warner

Eliana Raszewski

03/02/2020 17h18

BUENOS AIRES (Reuters) - A ViacomCBS lançará sua plataforma gratuita de streaming Pluto TV em países da América Latina no final de março, disse um executivo da empresa à Reuters, podendo lançar o serviço no Brasil no final deste ano.

Pierluigi Gazzolo, que lidera a implantação da plataforma baseada em anúncios, disse à Reuters que a empresa pode ter uma vantagem na América Latina, onde os consumidores podem preferir evitar os custos regulares de um serviço de assinatura.

"Acho que a América Latina é o mercado perfeito para este produto", disse Gazzolo em entrevista por telefone antes do anúncio oficial. "Você tem os usuários que têm TV paga, que estão consumindo cada vez mais e poderão consumi-lo, assim como aqueles que nunca foram capazes de pagar".

Gazzolo também afirmou que a empresa está avaliando o lançamento da Pluto TV no Brasil até o final do ano.

Serviços de streaming gratuitos que possuem anúncios, como a Pluto TV e o Peacock, da NBCUniversal, da Comcast, são vistos como potenciais desafiantes que podem limitar o poder de definir o preço de plataformas pagas como Netflix e Prime Video, da Amazon, de acordo com uma pesquisa do Citigroup.

A Pluto TV, que a Viacom adquiriu no início de 2019 em um acordo de 340 milhões de dólares, tem cerca de 20 milhões de usuários mensais médios nos Estados Unidos.

Nos países de língua espanhola da América Latina, Gazzolo disse que a plataforma começará com 24 canais, chegando a quase 100 no final do ano. Ele se recusou a fornecer detalhes sobre o valor do investimento ou projeções de usuários.

"A Pluto TV fica na parte inferior da pirâmide, que é mais ampla, com muito mais pessoas, que são as pessoas da América Latina que não vão pagar e estão dispostas a assistir anúncios para não pagar", disse.