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"Era Uma Vez em... Hollywood" e "1917" surpreendem no Globo de Ouro

Por Jill Serjeant
Imagem: Por Jill Serjeant

06/01/2020 09h25

Por Jill Serjeant

BEVERLY HILLS, Califórnia (Reuters) - Os filmes "1917" e "Era Uma Vez em... Hollywood" conquistaram os principais prêmios nas categorias de cinema do Globo de Ouro no domingo, em uma noite de surpresas que abriu a temporada de premiações da indústria audiovisual.

"1917" foi escolhido como melhor drama e levou o prêmio de melhor diretor para o britânico Sam Mendes, superando os favoritos "O Irlandês" e "História de um Casamento", ambos da Netflix Inc. O nostálgico "Era Uma Vez em... Hollywood", da Sony Pictures, venceu na categoria de melhor comédia/musical e totalizou três estatuetas, o maior resultado da noite.

A Netflix levou apenas um prêmio nas categorias de filmes, conquistado por Laura Dern como atriz coadjuvante por interpretar uma impiedosa advogada especializada em divórcios no longa "História de um Casamento".

Em sua primeira premiação, o serviço de streaming Apple TV+, da Apple Inc não foi bem-sucedido com suas três nomeações pela série "The Morning Show".

Joaquim Phoenix, estrela do filme "Coringa", e Renée Zellweger, que interpretou Judy Garland em "Judy", foram os vencedores de melhor ator e melhor atriz em filme de drama. Taron Egerton, de "Rocketman", e Awkwafina, de "A Despedida", conquistaram o prêmio nas categorias de comédia/musical.

"Todos sabemos que não há... competição entre nós", disse Phoenix a seus colegas, destacando seus "belos e fascinantes trabalhos".

Apresentando a cerimônia pela quinta vez, o comediante britânico Ricky Gervais alertou sobre o domínio das plataformas de streaming, diversidade e os escândalos de assédio sexual em Hollywood, que provocou risadas nervosas no salão ocupado por celebridades.

Gervais não foi o único a adotar tom político. Michelle Williams, vencedora na categoria de melhor atriz em minissérie ou filme para televisão por "Fosse/Verdon", fez um discurso fervoroso sobre direitos reprodutivos e encorajou as mulheres a votar.

A atriz disse que construiu uma carreira com base em suas escolhas e "não seria capaz de fazer isso sem exercitar o direito de escolha da mulher. Escolher quando ter meus filhos e com quem".

Outras estrelas falaram sobre os devastadores incêndios na Austrália e o aquecimento global.

Patricia Arquette, melhor atriz coadjuvante pelo drama "The Act", expressou medo em relação às tensões no Oriente Médio após um ataque dos Estados Unidos matar o comandante iraniano Qassem Soleimani na semana passada.

Nas categorias de televisão, a série da HBO "Succession" e a comédia da Amazon Studio "Fleabag" foram as grandes vencedoras da noite.

(Reportagem adicional de Lisa Richwine e Nichola Groom)