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WIDER IMAGE-Veja algumas das melhores fotos da década da Reuters

03/12/2019 18h29

LONDRES (Reuters) - (Galeria de fotos 1: https://reut.rs/2PcMPLE)

(Galeria de fotos 2: https://reut.rs/33HZefV)

(Galeria de fotos 3: https://reut.rs/2Lj2Put)

Do terremoto devastador do Haiti à guerra na Síria, os fotógrafos da Reuters cobriram as notícias mais importantes da década, capturando imagens de conflitos armados, desastres naturais, o sofrimento dos imigrantes e os dramas do esporte.

Abaixo, uma seleção de algumas das melhores fotos da Reuters feitas entre 2010 e 2019, acompanhadas de comentários dos fotógrafos.

* Uma criança ferida recebe tratamento médico após um terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, em 13 de janeiro de 2010 (Eduardo Munoz)

Mais de 200 mil pessoas morreram quando um tremor de magnitude 7,0 devastou o pobre país caribenho no dia 12 de janeiro de 2010. Enquanto os socorristas lidavam com as consequências, Munoz encontrou uma menina recebendo tratamento para uma ferida na cabeça.

"Foi duro, porque ela era tão novinha, mas a ferida não era realmente grave... obviamente ela estava assustada", contou Munoz. "Tentei encontrá-la mais tarde, mas foi impossível."

* O príncipe britânico William e sua esposa, Catherine, se beijam na sacada do Palácio de Buckingham sob os olhares das damas de honra Grace van Cutsem (à esquerda) e Margarita Armstrong-Jones e o pajem Tom Pettifer após seu casamento em Londres em 29 de abril de 2011 (Dylan Martinez)

Cercado por pessoas que cumprimentavam o casal real, Martinez tirou a foto do Memorial da Rainha Vitória, diante do palácio. Os aplausos da plateia no momento do beijo fizeram Grace van Cutsem cobrir os ouvidos, o que tornou a foto ainda mais memorável.

"Quando tirei essa foto, na verdade não percebi a menina cobrindo os ouvidos. O que notei foi que tinha um fundo preto realmente lindo", disse Martinez. "Eles se beijaram de novo, mas... não tinha a menina, que marcou a foto."

* Rebeldes sírios se desviam de escombros depois que o muro atrás do qual se abrigam é atingido por um projétil disparado de um posto de verificação controlado pelo governo durante combates no bairro de Ain Tarma, em Damasco, em 30 de janeiro de 2013 (Goran Tomasevic)

Tomasevic venceu o primeiro prêmio do World Press Photo de 2014 na categoria reportagem com imagens de combatentes rebeldes da Síria se preparando para atacar um posto militar.

Um comandante rebelde foi baleado por um franco-atirador e levado embora. Ao voltarem ao local, combatentes rebeldes foram alvo de disparos: "Acompanhei aquela luta durante muito tempo", disse Tomasevic. "O muro explodiu com escombros para todo lado."

* Um refugiado sírio beija a filha enquanto atravessa uma tempestade de raios rumo à fronteira da Grécia com a Macedônia perto do vilarejo grego de Idomeni no dia 19 de setembro de 2015 (Yannis Behrakis)

Behrakis liderou uma equipe que documentou imigrantes do Oriente Médio que chegavam à Europa em 2015, capturando imagens de famílias em barcos ou em seus primeiros passos em terra estrangeira. Graças às fotos, a Reuters dividiu o Prêmio Pulitzer de 2016 de revelação no fotojornalismo com o jornal New York Times.

"Mostramos ao mundo o que estava acontecendo, e o mundo se importou. Isso mostrou que a humanidade ainda está viva", disse Behrakis, que morreu em março, naquela ocasião. "Fizemos a voz destas pessoas infelizes ser ouvida."

* Usain Bolt, da Jamaica, olha para Andre De Grasse, do Canadá, quando os dois disputam as semifinais dos 100 metros na Olimpíada do Rio de Janeiro em 14 de setembro de 2016 (Kai Pfaffenbach)

"As semifinais são um aquecimento também para os fotógrafos", disse Pfaffenbach, cuja imagem ficou com o terceiro lugar na categoria de fotos esportivas do prêmio World Press Photo de 2017.

"Eu estava livre para experimentar e pensei em tentar uma foto borrada... eu o vi correndo... no momento em que ele virou a cabeça pensei que a foto estava arruinada, já que ficaria muito tremida, mas aconteceu... e da noite para o dia virou 'a foto'."

* Uma refugiada rohingya exausta chega à praia depois de cruzar a fronteira Bangladesh-Mianmar de barco pela Baía de Bengala em Shah Porir Dwip, Bangladesh, em 11 de setembro de 2017 (Danish Siddiqui)

"Os fotógrafos realmente ajudaram a ressaltar o sofrimento (dos refugiados rohingya)", disse Siddiqui, cuja foto foi parte de um pacote que rendeu à Reuters o Prêmio Pulitzer de 2018 de destaque fotográfico.

"Como fotojornalista, você precisa capturar tudo em um quadro... nessa imagem você pode ver a coluna de fumaça, o barco, os refugiados... todos os elementos estavam lá para contar a história".

* Um manifestante segura uma bandeira da Venezuela parado diante de um incêndio na entrada de um edifício que abriga a magistratura do Supremo Tribunal de Justiça e a agência de um banco durante um protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas no dia 12 de junho de 2017 (Carlos Garcia Rawlins)

"Assim que cheguei, vi que estava bem intenso... um incêndio começou na entrada do edifício e um manifestante, com o rosto coberto, correu e acenou com a bandeira nacional como um símbolo de vitória. Manifestantes comemoraram, mas alguns minutos mais tarde a tropa de choque chegou e os dispersou muito rapidamente".

* Uma família de imigrantes, parte de uma caravana de milhares que viajavam pela América Central rumo aos Estados Unidos, corre do gás lacrimogêneo diante do muro da fronteira entre os EUA e o México em Tijuana em 25 de novembro de 2018 (Kim Kyung-Hoon)

Parte de uma série de fotos da Reuters sobre imigrantes centro-americanos na divisa norte-americana que venceu o Prêmio Pulitzer de 2019 por foto de notícia urgente, a imagem mostra a mãe hondurenha Maria Meza agarrando as filhas e fugindo de um cilindro fumegante de gás lacrimogêneo lançado por autoridades dos EUA.

"Foi muito agitado na hora, e foi só mais tarde, no meu laptop, que vi... que as meninas estavam de fraldas", contou Kim.

"A mãe vestia uma camiseta com personagens do filme 'Frozen', da Disney. Esse era um dos filmes favoritos da minha filha quando ela era mais nova."

(Por Marie-Louise Gumuchian)