Sexo, mentiras e vídeos: escândalos abalam o universo do K-pop
Por Joori Roh e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A polícia da Coreia do Sul deu continuidade, nesta quinta-feira, às investigações contra duas estrelas do K-pop sobre acusações de gravações sexuais e acordos financeiros facilitados por prostitutas, em um escândalo que abalou o mundo da música sul-coreana e atingiu ações de empresas de entretenimento.
As alegações contra astros que sintetizam uma indústria que colocou a cultura pop sul-coreana no cenário global provocaram um jogo de acusações, com alegações de que a indústria negligenciou a moralidade dos jovens devido ao desejo por fama e riqueza.
O cantor Lee Seung-hyun, mais conhecido pelo nome artístico Seungri, disse na segunda-feira que estava deixando a indústria do entretenimento para enfrentar acusações de que pagou prostitutas para empresários estrangeiros a fim de obter investimentos em seus negócios.
A polícia disse que o cantor de 28 anos é suspeito do que é conhecido como "suborno sexual".
Lee, um membro do grupo BigBang e apelidado de "Great Gatsby" da Coreia do Sul por seu estilo de vida luxuoso, nega qualquer irregularidade.
"Seungri nunca providenciou prostitutas", disse seu advogado, Son Byoung-ho, à Reuters.
Lee deve comparecer a uma delegacia de Seul nesta quinta-feira para interrogatório.
Outro cantor e celebridade da televisão, Jung Joon-young, também está em apuros.
Jung admitiu, na quarta-feira, ter compartilhado vídeos que ele secretamente filmou enquanto fazia sexo com mulheres. A polícia está investigando o caso.
A agência de Jung, a Makeus Entertainment, encerrou seu contrato e ele foi impedido de deixar o país enquanto a polícia o investiga por suspeita de divulgar os vídeos.
Os advogados de Jung não puderam ser contatados para comentar.
Lee e Jung também faziam parte de grupos de bate-papo online, nos quais vídeos secretos de sexo eram compartilhados e homens faziam piadas sobre drogar e estuprar mulheres, segundo a emissora SBS.
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