Ator de "Empire" diz não ter mentido sobre agressão racial sofrida em Chicago

CHICAGO (Reuters) - Jussie Smollett, ator da série "Empire ? Fama e Poder", disse a um tribunal de Chicago nesta quinta-feira que é inocente de novas acusações de que mentiu à polícia ao relatar ter sido vítima de uma agressão racial e homofóbica em uma rua da cidade norte-americana.

Smollett, de 36 anos, permaneceu sério e quieto perto de seus advogados quando o juiz Steven Watkins, do circuito do condado de Cook, foi designado para seu caso e o instruiu a voltar ao tribunal no dia 12 de abril.

Em um indiciamento encaminhado por um grande júri na quinta-feira passada, Smollett, que é negro, abertamente gay e interpreta um músico homossexual no drama de hip-hop da rede Fox, recebeu 16 acusações de conduta desordeira por supostamente ter feito relatos falsos sobre um ataque de que teria sido vítima a investigadores da polícia.

Cada acusação implica em uma pena máxima de três anos de prisão e uma multa de 25 mil dólares.

Smollett e seus advogados não quiseram comentar ao sair da sala do tribunal.

No mês passado o ator já foi acusado do crime de conduta desordeira por fazer uma denúncia falsa ao dizer à polícia que foi atacado em janeiro por apoiadores mascarados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o espancaram, colocaram um laço em seu pescoço e derramaram um produto químico líquido sobre ele enquanto gritavam ofensas racistas e homofóbicas.

Segundo procuradores, Smollett deu um cheque de 3.500 dólares a dois irmãos, que foram presos em 13 de fevereiro. Eles confessaram a trama, disse a polícia, se tornaram testemunhas cooperativas e foram soltos sem acusações.

O juiz Watkins aprovou um pedido dos advogados do ator para que ele possa viajar livremente para Nova York e a Califórnia para consultar suas equipes legais em cada costa.

(Por Kimberly Bellware)