"Vice" explora bastidores de ascensão de Dick Cheney ao poder nos EUA
Por Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) - Pouco depois do lançamento de seu filme sobre Wall Street "A Grande Aposta", de 2015, o roteirista e diretor Adam McKay estava de cama devido a um resfriado e pegou um livro sobre o ex-vice-presidente norte-americano Dick Cheney.
McKay ficou fascinado com o poder que Cheney acumulou discretamente nos bastidores do governo de George W. Bush e se inspirou a escrever e dirigir "Vice", que estreia nos cinemas no Natal, para mostrar como isso aconteceu.
"Como esse cara tão sem carisma e tão sombrio afetou a história a este ponto?", disse McKay em uma entrevista.
Em "Vice", Christian Bale retrata Cheney como uma figura calculista que induz Bush a entrar na guerra com o Iraque após os ataques de 11 de setembro de 2001. Mas, o filme também conta a história de amor de Cheney e sua esposa, Lynne (Amy Adams), e exibe momentos de ternura do político com suas duas filhas.
"Realmente tentamos fazer o retrato de um personagem que fosse mais do que direita versus esquerda, realmente tentando entender o caminho que a América tomou", disse McKay.
"Era uma história que ia da ambição americana humilde ao poder e a algo mais sombrio".
McKay, cujo currículo inclui comédias com Will Ferrell, como "O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy", recebeu um Oscar de roteiro pelas táticas incomuns que usou para descrever o colapso do mercado imobiliário dos Estados Unidos em "A Grande Aposta".
Em "Vice", ele intercala o drama com sequências de fantasia que incluem uma cena imaginada na qual Dick e Lynne Cheney têm um diálogo shakesperiano para tramar o próximo passo de sua carreira.
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