Exposição explora influência de cineasta Ingmar Bergman na Argentina

Por Lucila Sigal

(Reuters) - Uma exposição que explora a influência do aclamado cineasta sueco Ingmar Bergman na Argentina foi inaugurada na noite de domingo como parte do Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, marcando os 100 anos de nascimento do diretor.

Mesmo que Bergman, ganhador de três prêmios Oscar pelos filmes "A Fonte da Donzela", "Através de um Espelho" e "Fanny e Alexander", nunca tenha pisado na Argentina, o diretor desenvolveu uma relação próxima com o público local, influenciando o cinema, teatro, a psicanálise, a luta contra a censura e a forma de pensar argentina.

O Museu Casa Castagnino de Mar del Plata inaugurou a exposição de 25 cartazes de quando os filmes de Bergman (1918-2007) estrearam no país e apresentou o livro "100 Bergman. Ingmar Bergman en Argentina", que contém artigos de críticos e historiadores do cinema atual, além de ilustrações.

"A exposição foi montada para o festival. Começou no ano passado com o projeto do livro para homenageá-lo. Coincidiu com os 100 anos de seu nascimento e pensamos como seria bom investigar a presença de Bergman na Argentina", disse à Reuters o diretor do projeto e pesquisador Raúl Manrupe.

"Bergman nunca veio à Argentina, mas teve, desde o começo, uma relação muito forte com o público. Aqui a psicanálise estava em alta, havia um público muito cinéfilo. De alguma maneira se conectou com a forma argentina de ser, de questionar as coisas", acrescentou.

O projeto, que conta com o apoio da embaixada da Suécia, do Instituto Nacional do Cinema e das Artes Audiovisuais da Argentina, da Secretaria de Cultura e do festival de Mar del Plata, resgata os laços que aproximaram, através da arte, dois países geograficamente distantes.