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Michael Moore compara Trump a Hitler no novo documentário "Fahrenheit 11/9"

O cineasta Michal Moore exibe o seu filme  "Fahrenheit 11/9" no Festival de Toronto - VALERIE MACON / AFP
O cineasta Michal Moore exibe o seu filme "Fahrenheit 11/9" no Festival de Toronto Imagem: VALERIE MACON / AFP

Nichola Saminather

Da Reuters, em Toronto (Canadá)

07/09/2018 11h14

O cineasta Michael Moore comparou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Adolf Hitler em seu novo documentário provocador, "Fahrenheit 11/9", que fez sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto na quinta-feira (6) com casa cheia.

O documentário examina as forças que Moore acredita terem contribuído para a vitória eleitoral de Trump em novembro de 2016, traçando paralelos com a ascensão de Hitler na Alemanha dos anos 1930. Não foi possível contatar a Casa Branca de imediato para obter comentários na quinta-feira.

A certa altura o filme sobrepõe palavras de Trump a vídeos de comícios de Hitler enquanto um historiador fala da ascensão de homens fortes a posições de poder. "Exploramos a questão de como nos metemos nessa confusão dos diabos e como saímos dela", disse o ativista liberal aos repórteres antes da exibição. "Ele (Trump) está por aí há muito tempo e nós nos comportamos de uma certa maneira durante muito tempo, e quando você olha para trás agora percebe como o caminho foi aberto para ele", disse Moore.

O novo filme é um pedido de ação a todos os norte-americanos, afirmou Moore, que conquistou um Oscar em 2003 por seu documentário sobre a violência das armas "Tiros em Columbine". "Estamos guerreando para recuperar nosso país", disse. "Qualquer um que não entenda isso se decepcionará amargamente com os resultados do que está prestes a acontecer nos próximos anos com Donald Trump".

O título "Fahrenheit 11/9" se inspirou nas primeiras horas de 9 de novembro de 2016, quando o candidato republicano Trump foi declarado oficialmente como vencedor da eleição.

No filme, Moore atribui a culpa pela vitória de Trump às suposições generalizadas de que a candidata democrata Hillary Clinton venceria, a interesses velados e à mídia dos EUA, que priorizou a grande audiência que Trump rendeu à programação das redes de televisão.