Paris busca ajuda da Unesco para preservar bistrôs
FRANCA-BISTROS-CLASSICOS:Paris busca ajuda da Unesco para preservar bistrôs
PARIS (Reuters) - Pode parecer que há dois em cada esquina em Paris, mas bistrôs e cafés de rua tradicionais estão desaparecendo de tal forma que um movimento começou a tentar protegê-los.
Alain Fontaine, dono do Le Mesturet e fundador do "Bistrôs e Terraços de Paris", diz que uma parte essencial da vida parisiense será perdida, a menos que se possa encontrar uma saída para preservar os cafés clássicos com cobertura de zinco, terraço e boa comida.
"Eles são lugares vibrantes, abertos à vida e à cidade", diz o grupo em seu site, que lançou uma campanha para obter o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco. "Eles estão ameaçados e precisam de proteção."
Há 30 anos, bistrôs e cafés de rua representavam metade dos restaurantes em Paris, de acordo com Fontaine, mas o número caiu para apenas 14 por cento, com redes de fast-food, de café e lanchonetes ganhando espaço.
Em algumas áreas populares da cidade, a ausência de cafés começou a se destacar.
No Boulevard Saint-Michel, perto do Pantheon e dos Jardins de Luxemburgo, o Burger King e o McDonald's ocupam agora duas esquinas onde antes ficavam cafés e, do outro lado da rua, um bistrô fechou recentemente.
Os turistas dizem que gostam da ideia de um status especial.
"Há apenas algumas cidades onde há realmente uma cultura de café, uma cultura de bistrô e Paris é uma delas, e essa é realmente minha parte favorita sobre vir aqui", disse Holly, uma visitante norte-americana que almoçava com seu parceiro.
Mas os bistrôs não são apenas para turistas. Muitos franceses chegam para tomar um café ou almoçar, felizes por comer uma refeição com filé ou confit de canard a um preço decente.
"Quando você pensa em Paris, você pensa em gastronomia", disse o morador da capital francesa Mathieu Warnier. "Bistrôs, pelo menos uma grande parte deles,... são lugares onde você pode obter boa comida tradicional sem pagar preços exorbitantes".
(Por Manuel Ausloos)
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