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Acusada de tráfico sexual, atriz de "Smallville" deixa prisão após pagar US$ 5 mi

Allison Mack deixa tribunal no Brooklyn, em Nova York - Frank Franklin II/AP Photo
Allison Mack deixa tribunal no Brooklyn, em Nova York Imagem: Frank Franklin II/AP Photo

Brendan Pierson

De Nova York (EUA)

24/04/2018 20h10

A atriz Allison Mack deixou a prisão após fiança de 5 milhões de dólares nesta terça-feira para aguardar julgamento por acusações de recrutar mulheres para servirem como escravas sexuais, no que procuradores chamaram de uma sociedade secreta comandada pelo guru de autoajuda Keith Raniere.

Um juiz magistrado dos Estados Unidos soltou Allisson, conhecida por papel na série "Smallville", após seus pais concordarem em colocar a casa da família em Los Alamitos, na Califórnia, como garantia e ela concordar em morar com seus pais sob prisão domiciliar.

Procuradores federais em Nova York acusaram a atriz de tráfico sexual e conspiração para recrutar mulheres para um programa dentro da organização de Raniere sediada em Nova York, Nxivm. Eles disseram que Mack, que se declarou inocente, desempenhava um papel importante no grupo, que teria tentado aliciar nomes como o da atriz Emma Watson.

Procuradores e advogados de Mack disseram em um documento judicial que ambas partes estão envolvidas em negociações de contestação.

Raniere, de 57 anos, foi preso por acusações de tráfico sexual no mês passado e está preso sem opção de fiança.

Allison Mack em cena na série de TV "Smallville" (2001) - Divulgação - Divulgação
Allison Mack em cena na série "Smallville" (2001)
Imagem: Divulgação

O juiz magistrado dos EUA Viktor Pohorelsky, do Brooklyn, estabeleceu termos que proíbem Alisson Mack de ter qualquer contato com Raniere, a Nxivm ou qualquer associado à organização.

Autoridades acusaram Raniere de comandar uma sociedade secreta dentro da Nxivm (pronuncia-se "Nexium"), na qual mulheres eram marcadas com suas iniciais, colocadas em dietas extremamente restritivas e forçadas a fazer sexo com ele.

Ao participar, as mulheres, que chegam a ser até 50, tinham que fornecer informações sobre familiares e amigos, fotografias nuas e direitos a seus bens, que eram usados como chantagem para que não deixassem o grupo, de acordo com os procuradores.

As mulheres foram ensinadas que a sociedade iria empoderá-las e fortalecê-las, disseram os procuradores.