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Grupo liderado por mulher desiste de comprar ativos da Weinstein Company

O produtor Harvey Weinsten discursa no jantar pré-Oscar da produtora The Weinstein Company, em fevereiro de 2017 - Rich Polk/Getty Images for The Weinstein Company
O produtor Harvey Weinsten discursa no jantar pré-Oscar da produtora The Weinstein Company, em fevereiro de 2017 Imagem: Rich Polk/Getty Images for The Weinstein Company

Greg Roumeliotis e Karen Freifeld

De Nova York*

07/03/2018 10h42

O grupo de investimento liderado por uma mulher que havia concordado em comprar ativos do estúdio The Weinstein Company retirou sua oferta na terça-feira (6), e a principal investidora, Maria Contreras-Sweet, disse que a decisão foi tomada porque os investidores receberam "informações decepcionantes" sobre a empresa.

Duas fontes a par do assunto disseram à Reuters que o grupo de investimento desistiu da oferta depois de descobrir que os encargos do estúdio de Hollywood são maiores do que previamente revelado. O conselho da Weinstein Company disse que continuará trabalhando para "determinar se existe quaisquer opções viáveis que não sejam a falência".

Maria Contreras-Sweet, ex-funcionária do governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama, disse que ainda acredita na ideia de um estúdio liderado por mulheres, e que estudará comprar ativos se eles se tornarem disponíveis em um processo de falência.

Mais de 70 mulheres acusaram Harvey Weinstein, cofundador da The Weinstein Company que foi um dos homens mais influentes de Hollywood, de má conduta sexual, incluindo estupro. Weinstein nega ter feito sexo não consensual com qualquer pessoa.

A The Weinstein Company, que demitiu Harvey Weinstein em outubro, vinha planejando pedir falência quando Maria fechou o acordo na semana passada.

Os investidores descobriram, porém, que a dívida da empresa é de 280 milhões de dólares, e não os 225 milhões revelados anteriormente, disse uma das fontes à Reuters. Uma segunda pessoa relatou a existência de obrigações de pagamentos de royalties até então desconhecidas e outras remunerações de trabalho pendentes, dívidas a fornecedores e um processo de arbitragem comercial.

(Por Greg Roumeliotis, em Nova York; Karen Freifeld, em Washington; Lisa Richwine, em Los Angeles; e Sangameswaran S, em Bengaluru)