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Movimento #MeToo provoca mudanças em romances no Dia de São Valentim

01/02/2018 18h58

EUA-COMPORTAMENTO:Movimento #MeToo provoca mudanças em romances no Dia de São Valentim

Por Barbara Goldberg

NOVA YORK (Reuters) - O movimento #MeToo (EuTambém) está esfriando romances neste Dia de São Valentim, o equivalente nos Estados Unidos ao Dia dos Namorados, e um profundo congelamento no que há anos tem sido um caminho para casamento: a aventura amorosa no trabalho, de acordo com especialistas em relacionamentos.

O número de norte-americanos que admite estar em um romance no trabalho caiu, e algumas ativistas de movimentos feministas pedem essa mudança, além de tolerância zero para comportamentos inaceitáveis no ambiente de trabalho. O movimento está provocando o tipo de comunicação direta essencial para relações amorosas, disseram.

?#MeToo irá tornar relacionamentos entre homens e mulheres mais românticos?, disse a ativista do direitos das mulheres Jaclyn Friedman.

?Se todos nós pensarmos mais sobre o cuidado com o qual tratamos nossos parceiros, isto pode ajudar a aumentar confiança e intimidade?, disse Friedman, uma escritora cujos livros incluem ?Yes Means Yes!? (Sim significa Sim!).

O movimento #MeToo expôs homens acusados de assédios e abusos sexuais em áreas incluindo entretenimento, política e negócios. Dezenas de homens proeminentes se demitiram ou foram demitidos de cargos altos, e a polícia abriu investigações sobre algumas acusações de assédio sexual.

O movimento está mudando a dinâmica de relacionamentos de maneiras importantes, disse Liz Wolfe, editora-chefe da Young Voices, que distribui artigos de opinião escritos por pessoas com menos de 30 anos.

?Um bom aspecto do movimento #MeToo pode ter sido uma ênfase aumentada em comunicação quando se diz respeito a sexo e romance?, disse Wolfe.

O #MeToo enfraqueceu uma rota tradicional para namoros: romances em escritórios. A porcentagem de trabalhadores norte-americanos que dizem estar em um caiu para uma mínima de 10 anos, para 36 por cento, de acordo com uma pesquisa de 28 de novembro a 20 de dezembro feita pela Harris Poll, com mais de 809 funcionários do setor privado e patrocinada pelo site de recrutamento CareerBuilder.

Isto representa uma queda em relação aos 41 por cento do ano anterior, uma baixa estatisticamente significativa.