Aaron Sorkin encontra heroína feminista improvável em "A Grande Jogada"
FILME-AARRONSORKIN:Aaron Sorkin encontra heroína feminista improvável em "A Grande Jogada"
Por Piya Sinha-Roy
LOS ANGELES (Reuters) - Quando o roteirista e produtor Aaron Sorkin conheceu Molly Bloom, a 'princesa do pôquer' que organizava jogos de altas apostas com as maiores celebridades de Hollywood, não esperava ficar impressionado.
"Pensava que a pessoa que ia conhecer era alguém que capitalizava o fato de esbarrar com pessoas famosas, algo de que não sou muito fã", contou Sorkin.
"Mas fui idiota, e essa não é a pessoa que conheci... aquela era uma mulher incrivelmente cativante". Sorkin, conhecido como criador da série política "The West Wing ? Nos Bastidores do Poder", estreia na direção com "A Grande Jogada", adaptação do livro "Molly's Game", da própria Molly Bloom. O filme estreia nos cinemas norte-americanos no dia 25 de dezembro.
O livro registra jogos de pôquer que ela organizou entre 2002 e 2011 que atraíram famosos como Tobey Maguire, Leonardo DiCaprio e Ben Affleck e a ajudaram a ganhar 4 milhões de dólares por ano em seu auge. Hoje com 39 anos, Bloom foi acusada em uma ocasião de gerenciar um esquema de apostas ilegais e em 2014 foi condenada a um ano de liberdade condicional e 200 horas de trabalho comunitário.
Sorkin disse que se impressionou por ela ter se recusado a divulgar nomes e segredos de seus clientes de alto nível além daqueles já identificados em documentos judiciais.
"Acho que seu personagem ecoa de uma maneira notável que, francamente, não acho que nenhum de nós poderia ter previsto. Ela é um ícone feminista, mas é seu próprio tipo de feminismo", disse.
Um acidente impede Bloom, interpretada por Jessica Chastain, de se classificar para a equipe olímpica norte-americana de esqui em 1999. Ela então segue para Los Angeles, onde conhece um homem que organiza um jogo de pôquer de altas apostas com grandes celebridades.
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