ESTREIAS-Novos filmes "Kingsman" e "Lego" chegam aos cinemas nesta semana
FILME-ESTREIAS-SEMANA:ESTREIAS-Novos filmes "Kingsman" e "Lego" chegam aos cinemas nesta semana
SÃO PAULO (Reuters) - Veja um resumo dos principais filmes que estreiam nos cinemas do país nesta quinta-feira:
"KINGSMAN ? O CÍRCULO DOURADO"
- A segunda incursão ao universo da agência de espionagem Kingsman não é tão feliz quanto a primeira. O que havia de inusitado e divertido no original de 2014 transforma-se numa espécie de James Bond do século 21 para meninos viciados em videogame. Assim, o filme, novamente dirigido por Matthew Vaughn, tenta tirar seu humor da poça de sangue formada sob a pilha de corpos.
Quando seu quartel é destruído, Eggsy (Taron Egerton) descobre uma agência norte-americana como a sua, a Statesman. Fazem parte dela os personagens de Channing Tatum, Halle Berry e Jeff Bridges, que ajudarão a lutar contra a vilã Poppy.
Interpretada por Julianne Moore, ela é responsável pelo Círculo Dourado ? que vive numa falsa utopia dos anos de 1950, onde tortura e mata pelo tráfico de drogas que irá destruir o mundo. Ofensivo, ?Kingsman ? O Círculo Dourado? poderia enterrar de vez a série, cujas piadas sexistas não teriam graça nem nos anos de 1980, quando o cinema ainda recorria com certa leviandade a esse tipo de coisa.
"DUAS DE MIM"
- Diretora veterana de televisão, Cininha de Paula estreia no cinema e não nega suas origens com esta comédia morna, que traz a comediante e atriz Thalita Carauta em papel duplo. Ela é Suryellen, jovem que vive da venda de marmitas nos subúrbios do Rio e também como ajudante na cozinha de um restaurante fino.
Atribulada com vários trabalhos, um filho adolescente para criar e uma família folgada, a protagonista deseja ter uma clone. Depois de comer um bolo encantado, seu desejo se realiza. Mas a cópia é mais espevitada e desbocada do que a original, o que lhe causará problemas quando for aceita num reality show culinário.
Thalita é esforçada e seu timing para humor é notório, mas o filme não lhe dá chances de brilhar, calcado numa trama pífia e piadas sem graça. A direção pouco inspirada faz o longa parecer um piloto de sitcom que provavelmente não chegaria à segunda temporada.
"LEGO NINJAGO ? O FILME"
- O segundo filme da série LEGO a chegar aos cinemas este ano não consegue ter a mesma graça e sagacidade de seus antecessores, ?Uma aventura LEGO? e ?LEGO Batman?, patinando em suas piadas pouco empolgantes e repetidas à exaustão.
O protagonista é o filho negligenciado de um vilão conhecido como Garmadon, que sonha em conquistar a cidade de Ninjago. O rapaz é o Ninja Verde que, com um grupo de amigos, salva o lugar da destruição. Antes disso, porém, precisa resolver seus problemas paternos.
Com o impressionante número de três diretores e seis roteiristas, esse é um filme que nunca se encontra. Não sabe se é comédia, com doses de autoajuda, ou uma fábula oriental sobre a paternidade no mundo contemporâneo. O resultado está bem abaixo do que os outros dois filmes LEGO haviam alcançado.
"O FANTASMA DA SICÍLIA"
- É num tom de fábula gótica que os diretores e roteiristas Fabio Grassadonia e Antonio Piazza (de ?Salvo?) se apropriam da história, baseada em fatos reais, de Giuseppe Di Matteo (Gaetano Fernandez). Garoto de 15 anos, ele é sequestrado por mafiosos, que desejam silenciar seu pai, Santino, outro integrante da Cosa Nostra que está delatando seus antigos companheiros.
Quando o menino desaparece, a única que se levanta contra o silêncio que toma conta da cidadezinha é Luna (Julia Jedlikowska). Colega de escola de Giuseppe, e apaixonada por ele, ela desafia a polícia, os professores, os próprios pais (Sabine Timoteo e Vincenzo Amato) para que se mobilizem para encontrar Giuseppe, que parece ter sumido da face da Terra.
O toque surrealista entra na maneira como a menina se relaciona com suas lembranças do amigo, percorrendo os bosques onde antes andava com Giuseppe ? e onde ela é capaz de vê-lo em sua imaginação, recordando episódios vividos, fantasiando outros.
"EXODUS ? DE ONDE EU VIM NÃO EXISTE MAIS"
- O cineasta Hank Levine acompanhou, por cerca de dois anos, um grupo de refugiados, distribuídos em vários países, tendo em comum histórias de exclusão e dificuldade de reconstrução da própria identidade.
No Brasil, Levine encontra a síria Dana e o sírio-palestino Nizar, dois jovens que, fugindo de guerras, encontram no país uma situação mais tranquila, mas sofrem problemas de adaptação, pela língua e o isolamento.
Embora seja um país em que o acolhimento aos refugiados tenha sido grande em tempos recentes, é também na Alemanha que a manutenção destas pessoas por anos, em campos de condições precárias, pode prolongar-se por anos a fio, ? como foi o caso do togolês Bruno, ali retido por 9 anos.
Cada uma destas experiências remete a uma especificidade que não esconde os traços comuns ? estes são realçados pela narração sensível do ator Wagner Moura, amarrando sentimentos dessa precária condição.
(Por Neusa Barbosa e Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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