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Ladrão rouba obras de Andy Warhol e as troca por cópias falsificadas nos EUA

A obra "Dez Retratos de judeus do século 20", de 1980, e as serigrafias da série "Espécies em Perigo", de 1983, têm valor estimado em US$ 350 mil - Por Alex Dobuzinskis
A obra "Dez Retratos de judeus do século 20", de 1980, e as serigrafias da série "Espécies em Perigo", de 1983, têm valor estimado em US$ 350 mil Imagem: Por Alex Dobuzinskis

11/09/2015 09h29

Nove impressões originais de Andy Warhol foram discretamente roubadas de uma empresa de cinema de Los Angeles e substituídas por versões falsificadas das obras, em um roubo que passou despercebido por anos, de acordo com a polícia e documentos judiciais.

A obra "Dez Retratos de judeus do século 20", de 1980, e as serigrafias da série "Espécies em Perigo", de 1983, têm valor estimado em US$ 350 mil, de acordo com um relatório da polícia entregue ao Superior Tribunal de Justiça de Los Angeles, como parte de um mandado de busca divulgado na quinta-feira.

O furto foi relatado pela primeira vez no início desta semana pelo site de celebridades "TMZ". O detetive Don Hrycyk, de Los Angeles, não quis dar detalhes sobre o caso, dizendo que ainda estava sendo investigado.

No depoimento, a polícia disse que o furto das obras que estavam na empresa cinematográfica Moviola foi tão perfeito que só perceberam quando uma delas foi removida para ser feita uma nova moldura. Os funcionários da empresa de molduras notaram que a serigrafia estava um pouco turva e não dispunha de um número de impressão e assinatura.

Aparentemente, quem furtou as obras as substituiu por grandes cópias coloridas, disse em depoimento o detetive da polícia de Los Angeles Brent Johnson. "Bald Eagle", uma das serigrafias roubadas, foi vendida pela casa de leilões Bonhams em 25 de outubro de 2011, de acordo com o depoimento.

No mês passado, um juiz emitiu mandado de busca no escritório da Bonhams em Los Angeles, enquanto detetives investigam quem comprou as serigrafias e quem as colocou à venda.

A porta-voz da Bonhams, Kristin Guiter, disse que a polícia não procurou o escritório, mas que no mês passado a empresa respondeu a um pedido de informações de investigadores e de documentação sobre a "Bald Eagle", vendida em 2011.

De acordo a polícia, as condições das falsificações indicam que o furto ocorreu nos últimos três anos.