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Ministro sul-africano diz buscar aconselhamento legal sobre condicional de Pistorius

18/08/2015 17h46

Por Peroshni Govender

JOANESBURGO (Reuters) - O ministro da Justiça da África do Sul declarou nesta terça-feira que está buscando aconselhamento legal para saber se seu conselho de liberdade condicional acertou ao decidir colocar Oscar Pistorius em prisão domiciliar na sexta-feira, depois de o atleta cumprir um sexto da pena de cinco anos pelo assassinato da namorada.

“Estou procurando aconselhamento para saber se a decisão do conselho de condicional foi regular e correta nos termos da lei, e se não foi, se há algo na lei que me dê o poder de revisar a questão”, declarou o titular da Justiça, Michael Masutha, à Reuters.

Após sua liberação na sexta-feira, Pistorius, de 29 anos, ex-atleta paralímpico e medalhista de ouro, deve cumprir o restante de sua sentença na mansão de três andares de seu tio em um subúrbio da capital Pretória.

Masutha disse ter decidido intervir após uma petição de uma organização feminina. “Fui abordado por uma ONG para rever a decisão do conselho de condicional...”, declarou.

O Movimento das Mulheres Progressistas da África do Sul (PWMSA, na sigla em inglês) enviou uma petição ao governo pedindo a suspensão da soltura de Pistorius, afirmando que os 10 meses de duração de sua prisão são um “insulto” às mulheres.

Pistorius foi condenado por homicídio culposo (sem intenção) no ano passado por ter matado a tiros sua namorada, a modelo e estudante de Direito Reeva Steenkamp, de 29 anos, no dia 14 de fevereiro de 2013, através de uma porta de banheiro trancada.

Ele disse que a morte em sua mansão de Pretória foi um erro trágico, já que pensou que Reeva estava na cama dormindo, e não no banheiro.