Novo julgamento de jornalistas da Al Jazeera no Egito é adiado, diz emissora
Por Shadi Bushra
CAIRO (Reuters) - Um tribunal do Cairo adiou a sessão desta quinta-feira que iria dar o veredicto no novo julgamento de jornalistas da emissora de televisão Al Jazeera, informou a emissora em sua conta no Twitter.
Não ficou claro o motivo do adiamento. As autoridades judiciais não confirmaram a notícia, nem responderam aos pedidos de informação. "Estamos extremamente irritados que o veredicto tenha sido suspenso hoje", disse um porta-voz da Al Jazeera Media Network em um tuíte.
Uma fonte judicial afirmou à Reuters que o tribunal penal do Cairo decidiu adiar para 2 de agosto a audiência do veredicto, data também citada pela agência de notícias estatal Mena.
Três guardas diante do edifício do tribunal disseram a um jornalista da Reuters que não haveria audiência nesta quinta-feira, mas não deram os motivos.
Os jornalistas da Al Jazeera são acusados de ajudar uma organização terrorista, uma referência à Irmandade Muçulmana, que foi proscrita no Egito depois que o Exército depôs em 2013 o presidente Mohamed Mursi, um islamista integrante dessa entidade, em meio a protestos em massa contra seu governo.
Mohamed Fahmy, um canadense naturalizado que renunciou à sua cidadania egípcia, e o egípcio Mohamed Baher foram libertados sob fiança em fevereiro, depois de passar mais de um ano sob custódia.
Um terceiro jornalista da Al Jazeera, o australiano Peter Greste, foi deportado em fevereiro. Os jornalistas foram inicialmente condenados a penas entre sete e dez anos de prisão por acusações que incluem espalhar mentiras para ajudar uma organização terrorista, o que eles negaram.
Em janeiro, o principal tribunal do Egito ordenou um novo julgamento.
(Reportagem adicional de Omar Fahmy)
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