China faz alerta a organizadores do Festival de Glastonbury após convite ao Dalai Lama
PEQUIM (Reuters) - A China alertou nesta sexta-feira aos organizadores do Festival de Glastonbury que convidar o líder espiritual tibetano exilado, Dalai Lama, para visitar um dos maiores eventos de música da Europa era equivalente a fornecer uma plataforma para que ele iniciasse atividades anti-China.
O escritório do Dalai Lama informou na quinta-feira que o Dalai Lama vai falar no Festival de Glastonbury durante sua viagem à Grã-Bretanha na próxima semana. Ele não tem encontro marcado com autoridades.
O Dalai Lama também vai para a Grã-Bretanha novamente em setembro, pouco antes de o presidente chinês, Xi Jinping, viajar para o país em outubro. A visita de Estado de Xi à Grã-Bretanha é a primeira de um líder chinês em uma década.
Pequim denuncia o Dalai Lama como um perigoso separatista que busca a independência do Tibet. Ele nega o uso de violência e diz que só quer autonomia genuína para a nação do Himalaia.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chines Lu Kang disse que não estava ciente dos detalhes do que o Dalai Lama faria no festival.
A China denuncia qualquer país que receba o Dalai Lama. Em 2012, o premiê britânico, David Cameron, teve que mudar a data de sua viagem para a China após Pequim se ofender com seu encontro com Dalai Lama.
(Reportagem de Ben Blanchard)
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