Justiça chilena investigará se Neruda foi envenenado na ditadura
A Justiça chilena ordenou que um painel de especialistas realizem uma nova investigação para determinar se o ganhador do prêmio Nobel Pablo Neruda foi envenenado durante a ditadura de Augusto Pinochet, depois que exames anteriores não conseguiram confirmar esta hipótese.
A reabertura deste processo foi solicitada pela família e pelo Partido Comunista e também tem a participação do governo por meio de advogados de direitos humanos do Ministério do Interior.
"Há indícios iniciais de que ele teria sido envenenado e, neste sentido, as evidências apontam para o envolvimento de certos agentes... que poderão constituir um crime contra a humanidade", disse o secretário de Direitos Humanos do Ministério do Interior, Francisco Ugaz.
A investigação anterior não pôde confirmar o envenenamento do autor de "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada", que morreu oficialmente numa clínica em Santiago de câncer de próstata.
O escritor morreu em 23 de setembro de 1973, duas semanas após o golpe militar que levou Pinochet ao poder. O ex-motorista do poeta Manuel Araya disse que Neruda recebeu uma injeção letal por agentes da ditadura que se infiltraram na clínica.
As novas técnicas de genética forense buscam agora testar amostras para análise de substâncias inorgânicas ou metais pesados para determinar qualquer causa direta ou indireta da morte do poeta chileno.
A investigação irá se concentrar especificamente em detectar eventuais danos celulares ou em proteínas provocados por agentes químicos que hoje estão presentes nos restos mortais do poeta, ao contrário da primeira investigação que tentou encontrar algum veneno no corpo de Neruda.
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