Chefe da ONU elogia luta da cantora Conchita Wurst pelos gays
VIENA (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, recebeu a drag queen Conchita Wurst nesta segunda-feira e elogiou a luta da cantora gay contra a discriminação e a intolerância.
Wurst, cujo verdadeiro nome é Tom Neuwirth, venceu o concurso de canção Eurovision de 2014 para a Áustria em maio. Ban disse que ela transformou o evento, frequentemente desdenhado por suas apresentações kitsch, em um “momento de educação sobre direitos humanos” lutando pela diversidade e pela tolerância.
A artista, usando um vestido recatado e saltos altos pretos, além de sua tradicional barba, trocou um aperto de mãos, brincou com Ban e cantou para centenas de autoridades e diplomatas entusiasmados no complexo da ONU em Viena, na Áustria.
“Este ano ampliei os benefícios para parceiros do mesmo sexo do quadro de funcionários da ONU... a discriminação não tem lugar nas Nações Unidas”, afirmou Ban sob aplausos.
Wurst foi saudada como heroína quando voltou para casa com o prêmio de cantora, conquistado perante uma audiência de cerca de 180 milhões de pessoas de 45 países.
Na ocasião, ela disse: “Compartilho a opinião de que esta vitória não foi só minha, mas de todas as pessoas que acreditam em um futuro que funcione sem discriminação e seja baseado na tolerância e no respeito. Isso transcende fronteiras.”
Mas sua conquista foi criticada por certos conservadores. Um confidente do presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de tentar impor valores decadentes a outros países, afirmando que Wurst simboliza seu “etno-fascismo”.
(Reportagem de Shadia Nasralla)
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