Latino-americanos espalham cultura hispânica por Nova York
Por Walker Simon
NOVA YORK (Reuters) - É cada vez maior o número de recém-chegados do México e das Américas Central e do Sul a Nova York, que se juntam às comunidades já enraizadas de portorriquenhos e dominicanos e enriquecem o coro de vozes latinas na grande metrópole.
O espanhol já é falado em quase um quarto dos lares nova-iorquinos, e a variedade de sotaques só cresce, assim como a variedade de culturas regionais.
As vizinhanças hispânicas oferecem opções culinárias e culturais perto do coração da cidade, onde vários grandes museus têm exposições latino-americanos no momento.
Abaixo, algumas dicas da Reuters para aproveitar o máximo de uma visita a Nova York com sabor latino.
CURIOSIDADES CULINÁRIAS
Para visualizar a vibração da cultura urbana latino-americana, visite a mostra do Centro Internacional de Fotografia (www.icp.org) "Urbes Mutantes: Fotografia Latino-americana 1944–2013."
A exposição traz exemplos da vida em várias cidades latino-americanas, explorando temas como identidade, manifestações e deslocamento.
Para um vislumbre da vida latina nova-iorquina, pegue o trem número 7, apelidado de “Expresso Imigrante”, para o Queens, distrito em que quase metade dos moradores é estrangeira.
Desça na parada 74 Street-Broadway e siga para o trecho caleidoscópico da Avenida Roosevelt entre as ruas 75th e 103th.
Nessa extensão de 2,5 quilômetros, há mais de cinco dúzias de restaurantes e bares especializados em comida e bebida de México, Colômbia, Equador, Peru, República Dominicana e Argentina. Um quarteirão mais à frente, na 37th Avenue, pode-se experimentar comes e bebes uruguaios e salvadorenhos.
Experimente curiosidades culinárias como o tlacoyo, espécie de tortilha em forma de torpedo do centro do México da era pré-histórica, e inale os aromas da Buenos Aires Bakery, que vende chá de erva mate argentino e artigos de futebol.
MÚSICA, LIVROS E BEBIDAS
A alguns passos da Avenida Roosevelt, o Terraza 7 oferece música fusion latino-americana, que mistura tradições do folclore, jazz e rock, ou passeie pela livraria Barco de Papel (http://centroculturalbarcodepapel.org), especializada em livros em espanhol e que realiza leituras e workshops literários.
Não deixe de visitar as chamadas botânicas, que há muito tempo atendem clientes de religiões caribenhas que misturam catolicismo e crenças do oeste africano, como a santería, vendendo amuletos, estátuas, velas, perfumes, colares, poções, ervas e manuais.
Volte a Manhattan no trem E, desça na estação da Quinta Avenida e vá à retrospectiva da artista plástica brasileira Lygia Clark no Museu de Arte Moderna (www.moma.org).
A mostra exibe a evolução de Lygia, de pintora abstrata a escultora conhecida por suas instalações e obras interativas.
Mais ao norte, no Museu Guggenheim, no número 1071 da mesma Quinta Avenida, visite “Under the Same Sun: Art from Latin America Today” (www.guggenheim.org), que reúne exemplos da arte latino-americana contemporânea de 15 países que tratam de conceitualismo, pós-moderninso e ativismo político.
FOLCLORE LATINO E MAMBO
Saindo do museu, vire à direita e vá à Avenida Lexington ver os murais criados sobretudo por artistas hispânicos, entre as ruas 100th e 124th e na estação do metrô da rua 110th.
Ouça música plena portorriquenha ao vivo no Camaradas El Barrio (http://camaradaselbarrio.com/) e saboreie a cozinha do país no La Fonda Boricua (www.fondaboricua.com).
Para ter um contato com o foclore latino-americano, pegue o trem número 5 para a Avenida Prospect, no Sul do Bronx, e visite a Casa Amadeo, vista como a loja de discos latinos mais antiga da cidade.
E para uma panorâmica da arquitetura latino-americana moderna, vá à exibição "Beyond the Supersquare" no Museu das Artes do Bronx (www.bronxmuseum.org).
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