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Entidade judaica mundial pede que Hungria reavalie memorial da Segunda Guerra

14/02/2014 20h18

BUDAPESTE, 14 Fev (Reuters) - O Congresso Judaico Mundial fez um chamado à Hungria nesta sexta-feira para que reconsidere os planos de erguer um monumento de recordação da ocupação alemã em 1944 e procure dialogar mais com a comunidade judaica do país.

Grupos judaicos húngaros dizem que o monumento é parte de uma política oficial de ocultar o papel desempenhado por húngaros na deportação e assassinato dos judeus do país durante a Segunda Guerra Mundial.

A Associação das Congregações Judaicas Húngaras decidiu este mês que irá boicotar os eventos de recordação do 70o aniversário da decisão de junho de 1944 de enviar 437.000 judeus para os campos de morte nazistas, a menos que o primeiro-ministro Viktor Orban atenda a seus pedidos.

O presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald Lauder, disse em um comunicado que ele apoia plenamente a decisão do grupo húngaro de promover um boicote.

"Se Viktor Orban e o governo húngaro acreditam seriamente que a estátua também deva ser um memorial às vítimas judias, pelo menos eles deveriam ouvir as preocupações da comunidade judaica, levá-las em consideração, e reconsiderar seus planos", disse Lauder em um artigo publicado na edição de sábado do diário húngaro Nepszabadsag.

O anti-semitismo continua sendo um tema sensível na Hungria, que tem uma forte comunidade judaica, de 100.000 pessoas, uma das maiores da Europa.

(Reportagem de Krisztina Than)