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Primeiro livro impresso nos EUA é vendido por recordes U$14,2 mi

 Carlo Allegri / Reuters
Imagem: Carlo Allegri / Reuters

27/11/2013 11h36

NOVA YORK, 27 Nov (Reuters) - O "Bay Psalm Book", um das 11 cópias restantes do primeiro livro impresso nos Estados Unidos, foi vendido por 14,2 milhões de dólares na terça-feira à noite na casa de leilões Sotheby's, em Nova York, estabelecendo o recorde de livro impresso mais caro mais já vendido.

Embora a expectativa para lances de até 30 milhões de dólares não tenha sido alcançada, o leilão superou com facilidade a marca anterior de 11,5 milhões de dólares, pagos em dezembro de 2010 pelo livro "Birds of America", de John James Audubon.

O homem de negócios e filantropo norte-americano David Rubenstein foi o comprador do livro. Ele é co-fundador e co-chefe-executivo da empresa de private equity dos EUA Carlyle Group LP.

A Sotheby's disse que os planos de Rubenstein são emprestar o livro a bibliotecas dos EUA, antes de emprestá-lo a longo prazo a uma dessas bibliotecas.

"Nós estamos entusiasmados que esse livro, que é um dos mais importantes de nossa história e cultura, está sendo destinado a ser amplamente visto pelos norte-americanos, que podem apreciar sua singular significação", disse o diretor do departamento de livros da Sotheby's, David Redden.

"É claro que também estamos entusiasmados por ter conseguido um novo lance recorde em leilões de qualquer livro impresso, o que afirma que os livros permanecem uma parte vital de nossa cultura", acrescentou ele em comunicado.

Impresso em 1640 em Cambridge, no Estado norte-americano de Massachusetts, o "Bay Psalm" é um dos livros mais raros do mundo e é uma das cópias em melhor estado das 1,7 mil que foram impressas.

O livro é também a primeira cópia a ser vendida desde 1947, quando estabeleceu um recorde para leilão de livros ao arrecadar 151 mil dólares.

O "Bay Psalm" foi vendido pela da coleção da Igreja Old South, em Boston, para cobrir os custos de restauro da edificação e financiar seu ministério.

A cópia vendida é uma das duas pertencentes à igreja. Membros da congregação, uma organização sem fins lucrativos criada em 1669 e integrante da denominação protestante Igreja Unida de Cristo, votaram pela vendo do livro em dezembro passado.

As universidades de Harvard e Yale e outras instituições são donas das outras cópias existentes.

(Reportagem de Patricia Reaney)