Diretor artístico do Bolshoi diz que não consegue perdoar agressores
O diretor artístico do Balé Bolshoi, da Rússia, disse nesta quarta-feira, ao comparecer a um tribunal de óculos escuros, que não perdoou os agressores que quase o deixaram cego em um ataque com ácido e exigiu mais de 100 mil dólares em indenização.
Em sua primeira aparição no julgamento de três pessoas acusados pelo ataque de 17 de janeiro, que expôs as rivalidades e disputas internas em uma das maiores instituições culturais da Rússia, Sergei Filin não olhou para a cela no tribunal onde estavam os réus.
"Eu imediatamente senti uma dor muito forte", disse Filin ao tribunal de Moscou, descrevendo o ataque que sofreu perto de seu apartamento na capital russa.
"Meus olhos escureceram. Nunca senti tanta dor na minha vida. Não gostaria de falar como eu cai, rastejando no chão..."
Ele exigiu danos morais de 3 milhões de rublos (92,2 mil dólares) e 508 mil rublos para compensar pelos danos materiais.
Os réus incluem Pavel Dmitrichenko, um dançarino do Teatro Bolshoi que pode ser condenado a 12 anos de prisão se for condenado por organizar e preparar o ataque.
Dmitrichenko apenas olhou rapidamente para Filin no tribunal e passou a maior parte do tempo olhando papéis.
Dmitrichenko negou qualquer participação no ataque e seu suposto cúmplice, Yuri Zarutsky, disse que agiu sozinho. O terceiro réu, Andrei Lipatov, negou as acusações de que levou o agressor até o local do crime.
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