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Romeno suspeito de furto de pinturas valiosas quer ser julgado na Holanda

Ioana Patran

Bucareste (Romênia)

10/09/2013 14h45

O romeno suspeito de liderar uma quadrilha que furtou sete pinturas de um museu holandês, incluindo um Picasso e um Monet, somente vai revelar a localização das obras se o seu julgamento for transferido para a Holanda, disse seu advogado nesta terça-feira (10).

Radu Dogaru e outros quatro romenos apareceram em um tribunal de Bucareste que os acusa de furtar pinturas avaliadas em dezenas de milhões de euros do museu Kunsthal, de Roterdã, em outubro.

Advogados de alguns dos homens disseram em agosto que eles estavam dispostos a entregar as pinturas em troca de um acordo não especificado. Esta é a primeira vez que são dados detalhes dos possíveis termos do acerto.

O advogado de defesa Catalin Dancu disse a repórteres durante um intervalo da audiência que cinco das sete obras, que originalmente se acreditava que estivessem na Romênia, foram levadas para outro local.

"Todas as cinco pinturas que estavam na Romênia estão agora no exterior, no Leste. Na minha opinião, na Moldávia. Um lipovano russo levou as pinturas para o exterior", afirmou ele sem dar detalhes, referindo-se a um membro de uma minoria étnica russa estabelecida na Romênia. Dancu disse que os outros dois quadros roubados estão na Bélgica.

"Radu Dogaru se recusa a dizer onde estão as cinco pinturas. Radu disse: 'se os holandeses não querem me levar, ninguém verá as pinturas'", declarou Dancu.

Ele negou novamente os relatos de que as obras foram queimadas.

Uma equipe de peritos romenos disse em julho que três das obras podem ter sido destruídas por fogo. A mãe de Dogaru declarou tê-las queimado para proteger o filho assim que a polícia fechou o cerco contra ele, mas depois ela voltou atrás.

Os quadros roubados eram de Picasso, Matisse, Monet, Gauguin, Meijier De Haan e Lucian Freud.

Um sexto acusado permanece foragido e está sendo julgado à revelia. O juiz adiou as audiências para 22 de outubro.