Cristo danificado é destaque em exposição sobre violência contra a arte
LONDRES, 5 Jul (Reuters) - Uma escultura danificada de Cristo que passou séculos escondida sob o piso de uma capela londrina será o principal destaque de uma exposição deste ano na galeria Tate Britain que aborda agressões físicas a obras de arte.
"A Estátua de Cristo Morto" está sem a coroa de espinhos, os braços e a parte inferior das pernas. Os danos supostamente resultam de um ataque de protestantes radicais contra obras católicas no século 16.
Ela foi descoberta em 1954 sob o piso da capela do Mercers' Hall, no centro de Londres, onde especialistas acham que a obra foi escondida para evitar mais danos.
Penelope Curtis, curadora da exposição "Art under Attack: Histories of Iconoclasm" (arte sob ataque: histórias de iconoclastia), disse que a estátua será exibida pela primeira vez na mostra, que examina 500 anos de danos artísticos por motivos religiosos, políticos ou estéticos na Grã-Bretanha.
"Essa poderosa representação exemplifica o enorme poder e domínio sobre as pessoas que as imagens podiam e ainda podem possuir", disse a Tate em nota que antecede a uma visita da imprensa à exposição, a ser aberta ao público em 2 de outubro. "Eram imagens como essas que os reformistas achavam perigosas e queriam erradicar."
Curtis disse que a exposição passou três anos em preparação, e acabou saindo num momento oportuno: em outubro de 2012, um mural de Mark Rothko foi vandalizado com uma caneta hidrográfica na galeria Tate Modern, e na semana passada a obra "The Hay Wain", de John Constable, teve uma fotografia colada à sua superfície por um manifestante na National Gallery.
(Reportagem de Amritha John)
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