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Estudante absolvida por homicídio na Itália conta sua versão em livro

30/04/2013 20h35

NOVA YORK, 30 Abr (Reuters) - A estudante norte-americana Amanda Knox, absolvida em 2011 da acusação de ter matado uma colega britânica durante uma temporada de estudos na Itália, quatro anos antes, lançou nesta terça-feira uma autobiografia em que se apresenta como uma moça ingênua enredada por um Judiciário estrangeiro.

Knox, de 25 anos, passou quatro anos presa à espera de ser julgada pelo assassinato da colega Meredith Kercher, ocorrido na cidade italiana de Perugia. Depois de absolvida num processo de grande repercussão, ela voltou para sua casa, na região de Seattle, mas no mês passado a Justiça italiana reabriu o caso.

Na autobiografia lançada pela editora HarperCollins, Knox insiste na sua inocência e diz se arrepender de não ter procurado a família de Kercher para falar da dor que a morte dela causou.

Ela diz também que gostaria de procurar o congolês Patrick Lumumba, a quem Knox falsamente acusou pelo crime, mas que foi inocentado.

"Citá-lo foi imperdoável, ele não merecia, mas eu queria dizer que não teve a ver com ele. Fui tão pressionada que eu precisava citar alguém", diz ela na obra.

A estudante disse ter escrito cartas à família de Kercher e a Lumumba, mas foi aconselhada a não enviá-las.

O corpo seminu de Kercher foi achado com mais de 40 ferimentos e um corte profundo na garganta no apartamento que ela dividia com Knox. Em março, a Justiça anulou a absolvição de Rafffaele Sollecito, ex-namorado de Knox, e determinou um novo julgamento, ainda sem data marcada.

A decisão foi tomada porque peritos independentes apontaram falhas no trabalho da polícia científica e de outros investigadores.

(Reportagem de Edith Honan)