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Tigela chinesa quebra recorde em leilão em Hong Kong

Tigela de porcelana chinesa do período Kangxi mostrada após ser vendida por US$ 9,5 milhões na casa de leilões Sotheby"s em Hong Kong. - REUTERS/Bobby Yip
Tigela de porcelana chinesa do período Kangxi mostrada após ser vendida por US$ 9,5 milhões na casa de leilões Sotheby's em Hong Kong. Imagem: REUTERS/Bobby Yip

Grace Li

08/04/2013 12h21

Uma tigela vermelha com um padrão de flores de lótus quebrou um recorde para porcelana chinesa do período Kangxi nesta segunda-feira, ao ser vendida por mais de 9 milhões de dólares após uma guerra de ofertas vencida por um negociante de porcelana de Hong Kong, no último dia das vendas de primavera da casa Sotheby's.

Os cinco dias de vendas de vinho, jóias, arte chinesa e asiática, porcelanas e relógios, que servem como indicador do apetite da China por bens de luxo, foram observados atentamente depois de um crescimento econômico lento em 2012 e uma restrição dos gastos.

A tigela "falangcai" rubi-terra com duplo-lotus do período Kangxi, entre 1662 e 1722, foi arrematada por 74 milhões de dólares de Hong Kong (9,5 milhões de dólares), superando com folga as estimativas pré-venda de 70 milhões de dólares de Hong Kong e vendido por mais de 140 vezes o preço pago três décadas atrás, em um sinal da crescente demanda.

Mais de 400 clientes apareceram para o leilão de 57 peças de cerâmica na sessão da manhã, com várias fileiras de pessoas lotando a parte de trás da sala de leilão e linhas telefônicas ocupadas com os licitantes. A tigela, finalmente, foi para o negociante de porcelana de Hong Kong William Chak.

A tigela vermelha com um desenho de flores de lótus rosa e azul foi vendida por 528 mil dólares de Hong Kong na primeira vez que foi a leilão pela Sotheby's em 1983. Em 1999, ela atingiu 12 milhões de dólares de Hong Kong.

Um colecionador continental identificado apenas como Ren, que fazia ofertas para um amigo, disse que a demanda por cerâmica chinesa é crescente entre os compradores chineses.

A Sotheby's vendeu 2 bilhões de dólares de Hong Kong em obras de arte asiática e chinesa e bens de luxo em suas vendas de outono em Hong Kong, em outubro, uma queda de 37 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.