China aumenta pressão sobre artista dissidente Ai Weiwei
O artista e dissidente político mais famoso da China, Ai Weiwei, disse nesta terça-feira que as autoridades revogaram a licença comercial da empresa que produz suas obras de arte, no que ele afirma ser um caso forjado como retaliação pelas críticas que faz ao governo.
O artista de renome mundial, que enfrenta uma possível sentença de prisão sob a acusação de evasão fiscal, citou autoridades dizendo que a empresa não conseguiu completar os requisitos para um novo registro.
Ai disse que a empresa não conseguiu se registrar porque os documentos necessários para apresentar um relatório anual estavam sendo mantidos pelo governo.
As autoridades confiscaram documentos e computadores do artista depois que ele foi preso no ano passado, afirmou Ai. A detenção de 81 dias provocou um clamor internacional.
"Eles devolveram os computadores, mas não os documentos contábeis relativos a tributos," declarou Ai, de 55 anos, acrescentando que recebeu um aviso no domingo das autoridades de segurança pública, informando que a licença estava sendo revogada.
"Como uma questão fiscal, não deveria envolver departamentos de segurança pública", contou ele à Reuters em uma entrevista por telefone. "Eles precisam me devolver os documentos."
Ativistas vêem o caso de evasão fiscal como uma tentativa de calar o artista, que tem repetidamente criticado o governo chinês por desrespeitar as regras da lei e os direitos dos cidadãos.
Um tribunal chinês no mês passado confirmou uma multa de US$ 2,4 milhões por evasão fiscal contra Ai, o que significa que ele corre o risco de ser preso se não pagar uma multa remanescente de cerca de 1 milhão de dólares.
Ai revelou que, se o governo fechar a empresa Beijing Fake Cultural Development Ltd, não haverá maneira de pagar as multas adicionais.
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