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Nova exibição no MoMA mostra design para crianças do século 20

Foto de folheto da exposição "Century of the Child: Growing by Design, 1900-2000", do Museu de Arte Moderna de Nova York (24/7/12) - Reuters/Copyright 2011 The Museum of Modern Art (MoMA)
Foto de folheto da exposição "Century of the Child: Growing by Design, 1900-2000", do Museu de Arte Moderna de Nova York (24/7/12) Imagem: Reuters/Copyright 2011 The Museum of Modern Art (MoMA)

Ellen Freilich

Em Nova York

24/07/2012 12h31Atualizada em 24/07/2012 15h08

Com brinquedos, jogos, móveis pequenos, livros e áreas de lazer, uma nova exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) lança um forte foco no design do século 20 para crianças.

"Century of the Child: Growing by Design, 1900-2000" ("O Século da Criança: Crescendo com Design, 1900-2000"), que estreia em 29 de julho e vai até 5 de novembro, olha para a relação simbiótica entre as crianças e os artistas que desenham para elas.

"Estamos mostrando a relação de duas mãos e muito dinâmica entre novos conceitos de infância e as crianças e novas maneiras de pensar sobre o processo de design e criatividade", disse a curadora do departamento de design e arquitetura do MoMA, Julieta Kichin.

As crianças e os artistas compartilham características de abertura e até mesmo desobediência, tornando-se colaboradores naturais e de forte empatia.

Mais de 500 objetos de 20 países, muitos das próprias coleções do MoMA, estão incluídos na exposição. Alguns itens nunca foram vistos antes nos Estados Unidos, incluindo uma casa de bonecas de 1912-13 do designer escocês Jessie Marion King feita de madeira pintada e couro e o painel para quarto de bebê "Príncipe Sapo".

Sonhos utópicos e realidade sombria

O primeiro ponto de referência da exposição é o livro de 1900 de Ellen Key "Século da Criança". A teórica social sueca olhou para o século 20 como um período de foco intensificado e pensamento progressista sobre a importância crucial dos direitos, desenvolvimento e bem-estar das crianças.

A exposição olha 100 anos, examinando visões individuais e coletivas para crianças, desde sonhos utópicos às realidades sombrias.

Materiais de jardim de infância com base nas teorias de Friedrich Froebel reconhecem a influência crescente do movimento de jardim de infância do século 19. Tijolos de brinquedo feitos em argila e madeira pintados por crianças na escola de arte livre Francesco Randone em Roma e os materiais educacionais concebidos por Maria Montessori refletem uma mudança nos métodos de ensino e experimentação artística de vanguarda.

A exposição inclui livros infantis coletados por Alfred H. Barr em uma viagem de 1927 a 1928 à União Soviética, antes de ser nomeado diretor-fundador do MoMA.

Objetos familiares tais como blocos de Lego, o cubo de Erno Rubik, a lousinha mágica e a mola também fazem parte da exposição, juntamente com mobiliário de Alvar Aalto, uma cadeira de Charles Eames e Eero Saarinen, carteiras escolares por Arne Jacobsen e Jean Prouvé e equipamentos para playgrounds de Isamu Noguchi.