Corte chinesa mantém multa tributária a dissidente Ai Weiwei

Por Sui-Lee Wee
PEQUIM, 20 Jul (Reuters) - Um tribunal chinês manteve nesta sexta-feira a multa de 2,4 milhões de dólares por evasão tributária imposta ao mais famoso dissidente do país, Ai Weiwei, que foi proibido de assistir à audiência. Críticos acusam o governo chinês de usar esse processo para calar o polêmico artista.
Ai havia solicitado à Corte Distrital de Chaoyang que anulasse a multa imposta à produtora Beijing Fake Cultural Develoment, para a qual ele trabalha.
O artista, que já havia declarado não ter "esperança absolutamente nenhuma" de vencer o recurso, disse que a polícia o impediu de comparecer à audiência.
"O veredicto de hoje mostra que este país, mais de 60 anos após sua fundação (como regime comunista), ainda não tem um processo judicial básico, ainda não tem respeito pela verdade, e nunca dará aos contribuintes e cidadãos a capacidade de se justificarem", disse Ai.
"Todo o Judiciário está envolto em escuridão", disse o artista a jornalistas na sua casa, na zona nordeste da capital, após o veredicto.
Ele disse ainda que vai recorrer a uma instância superior para processar o tribunal de Chaoyang, num sinal de que continuará sendo uma pedra no sapato do governo.
(Reportagem adicional de Ben Blanchard e Michael Martina)
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