Multidão acompanha último dia do jubileu da rainha Elizabeth
Por Michael Holden e Mike Collett-White
LONDRES, 5 Jun (Reuters) - A rainha Elizabeth 2a iniciou o quarto e último dia das celebrações do seu jubileu de diamante, nesta terça-feira, com uma aparição solo no culto de ação de graças da catedral de St. Paul, antes de uma procissão de carruagens e um aceno ao público no Palácio de Buckingham.
As pessoas lotaram as ruas para ver a monarca de 86 anos, que surgiu melancólica na catedral, participando sem o marido de uma das mais solenes ocasiões do seu reinado. O príncipe Philip, com quem ela é casada há 64 anos, foi hospitalizado na segunda-feira com uma infecção na bexiga.
O palácio disse que a internação do príncipe, de 90 anos, foi feita por "precaução", e que ele passará alguns dias sob observação. Embora o estado dele não seja grave, a internação ofuscou um pouco do brilho das celebrações do jubileu, que coroam uma fase de grande popularidade da rainha.
Milhões de pessoas participaram das festas e cerimônias dos últimos dias, incluindo uma procissão fluvial com mais de mil barcos no rio Tâmisa, no domingo, e um show recheado de estrelas na segunda-feira em frente ao Palácio de Buckingham.
Elizabeth 2a é apenas a segunda monarca britânica a ultrapassar os 60 anos de reinado. Ela só é superada por sua tataravó Vitória, que reinou de 1837 a 1901.
A rainha geralmente só aparece na televisão anualmente para uma breve mensagem natalina, mas na terça-feira ela fará um discurso extraordinário, a partir das 14h (hora de Brasília), agradecendo os súditos pelas homenagens.
Pela manhã, uma multidão começou a se formar na avenida Mall, que dá acesso ao palácio, criando um mar nas cores nacionais --vermelho, azul e branco. Além do aceno da família real, os populares aguardam uma exibição de aviões antigos e modernos da Real Força Aérea britânica.
"Alguns podem achar tudo isso um pouco frívolo, mas tudo isso é espalhar o amor", disse Aba Shanti, 41 anos, que usava um vestido com motivos da bandeira britânica.
Após o desfile de celebridades pop no show de segunda à noite, os eventos de terça-feira são mais marcados pela pompa associada no mundo todo à monarquia britânica.
Vestindo um traje de tule de seda bordado com pequenas flores verdes estreladas, e enfeitado por fios prateados, Elizabeth chegou à catedral sob os gritos de "Deus salve a rainha", emitidos pela multidão no acesso ao local.
Um coro de trompetes alardeou a entrada dela, diante de membros da congregação curvados em reverência.
"Marcamos hoje o aniversário de um ato histórico e muito público de dedicação --uma dedicação que perdurou de forma fiel, calma e generosa durante a maior parte das vidas adultas da maioria de nós que estamos aqui", disse Rowan Williams, arcebispo de Canterbury e líder espiritual da Igreja Anglicana.
"Estamos marcando uma prova viva de que o serviço público é possível, e que é um lugar onde a felicidade pode ser encontrada", disse ele à congregação, que também ouviu um discurso do primeiro-ministro David Cameron.
Em seguida, a realeza partiu para recepções em dois dos mais suntuosos edifícios do centro da capital, a Mansion House e a Guildall. O almoço será no Salão de Westminster, a parte mais antiga do Parlamento.
Sem a companhia do marido, a rainha voltará ao palácio numa carruagem de 1902, acompanhada do filho primogênito, o príncipe Charles, e da mulher dele, Camilla. Bandas militares acompanharão o desfile, e haverá uma salva de 60 disparos de canhão.
Os príncipes Harry e William, filhos de Charles, seguirão o cortejo em outras carruagens. A mulher de William, a popular Kate Middleton, usa um vestido de Alexander McQueen durante as cerimônias.
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