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Com quadros e mobília, acervo de Gunter Sachs é leiloado por 65 milhões de dólares

Um manequim criado pelo artista Allen Jones faz parte da coleção de Gunter Sachs, que reuniu cerca de 300 itens do colecionador - AP Photo/Sang Tan
Um manequim criado pelo artista Allen Jones faz parte da coleção de Gunter Sachs, que reuniu cerca de 300 itens do colecionador Imagem: AP Photo/Sang Tan

Patricia Reaney, Li-mei Hoang e Mike Collett-White

Reuters

23/05/2012 20h22

O balanço final da venda dos cerca de trezentos itens do colecionador bilionário Gunter Sachs rendeu 65,5 milhões de dólares em leilão da Sotheby's. Com móveis, fotos e pinturas, o leilão teve como peça mais cara um dos últimos auto retratos do pintor americano Andy Warhol. 

 "Autorretrato (Peruca Arrepiada)", tela pintada por Warhol em 1986, alcançou quase 8,5 milhões de dólares, mais do que o dobro da estimativa pré-venda, afirmou a casa Sotheby's nesta quarta-feira (23). Outra obra de Warhol, "Flores", que pertencia a Sachs desde 1979, saiu por quase 6 milhões de dólares.

A chefe de arte contemporânea da Sotheby's Europa, Cheyenne Westphal, disse que o leilão mostrou a importância de Gunter Sachs como formador de opinião nas artes durante as décadas de 1960 e 1970. "Clientes de todo o globo reagiram com entusiasmo à ressonância de Gunter Sachs como esteta, dado o fato de que os lances no leilão noturno vieram de 17 países em quatro continentes."

Neto do fundador da Opel e filho de um rico industrial alemão, Gunter Sachs foi um grande bon vivant que adquiriu fama como fotógrafo, documentarista e colecionador de arte, paixão que começou a cultivar em 1959 após se instalar em Paris.

Sachs era um grande amigo de Warhol. Em 1972, organizou a primeira exposição importante do artista americano em sua nova galeria de Hamburgo e como não vendeu nada no dia da inauguração, comprou a metade das obras para evitar a vergonha de ter de admitir a derrota.

A coleção foi vendida pela melhor proposta duas semanas depois do primeiro aniversário do suicídio de Sachs, que morreu aos 78 anos no dia  7 de maio de 2011 depois de dar um tiro na própria cabeça. Sachs morava na Suíça de sofria do mal de Alzheimer.