Líderes muçulmanos querem impedir escritor de entrar na Índia
Por Alka Pande
LUCKNOW, Índia, 10 Jan (Reuters) - Líderes muçulmanos exigiram que a Índia proíba Salman Rushdie de entrar no país para participar de um festival literário, reiniciando uma contenda de décadas sobre a obra do autor, vencedor do prêmio Booker.
O romance que Rushdie escreveu em 1988, "Os Versos Satânicos", foi considerado blasfemo por muitos muçulmanos e provocou pedidos para que ele fosse morto, obrigando o escritor a se esconder durante anos. Ele visitou a Índia uma vez depois disso, embora o livro permaneça proibido ali.
"A Índia é um país onde os sentimentos de cada comunidade e casta são respeitados e, portanto, tal homem não deveria ter a permissão de vir ao país", disse à Reuters Maulana Khalid Rashid Farangi Mahali, um importante clérigo muçulmano.
Seus comentários repetiram o que outros clérigos disseram em um seminário muçulmano. Segundo eles, Rushdie ofendeu dezenas de milhões de muçulmanos ao insultar o profeta Maomé, segundo declarações feitas à mídia indiana.
Rushdie rejeitou essa exigência de concessão de visto.
"... ao que conste, eu não preciso de visto", disse Rushdie, que nasceu na Índia, em sua conta no Twitter.
Os muçulmanos representam cerca de 13 por cento do 1,2 bilhão de habitantes da Índia. Rushdie deve participar do maior festival literário da Ásia, que acontece na cidade histórica de Jaipur entre 20 e 24 de janeiro.
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