Em nova biografia, Strauss-Kahn fala de acusações sexuais
PARIS (Reuters) - O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn diz que seu relacionamento sexual com uma camareira de hotel em Nova York, em maio deste ano, foi "consensual, mas estúpido", custando-lhe a chance de ser eleito presidente da França em 2012, segundo uma biografia a ser lançada na quinta-feira.
O autor, Michel Taubmann, diz ter ouvido confidências de Strauss-Kahn a respeito dos escândalos sexuais que abalaram seriamente a carreira política dele, apesar de o processo de Nova York ter sido arquivado.
"Nada teria acontecido se eu não tivesse mantido esse relacionamento consensual, mas estúpido, com (a camareira de hotel) Nafissatou Diallo", diz Strauss-Kahn no livro.
Strauss-Kahn foi detido em 14 de maio, quando se preparava para voar dos EUA para a Europa, sob a acusação de ter estuprado Diallo. O processo foi arquivado por causa de dúvidas sobre a credibilidade da acusadora.
Depois, Strauss-Kahn foi acusado de ter cometido violência sexual contra uma jornalista francesa, anos atrás - promotores consideraram que o eventual crime já prescreveu. Mais recentemente, ele foi citado como envolvido em uma rede de prostituição que operava no norte da França.
O político admite ter tido uma "vida sexual desinibida", mas diz que isso é comum em círculos políticos e empresariais, e que nunca fez nada de ilegal. "Eu de fato ia a festas sexuais, é verdade, mas geralmente quem vinha a essas noitadas não eram prostitutas."
Strauss-Kahn também diz no livro que "poderia estar em condições de ser presidente" da França. "Agora, não estou mais nessa posição, é isso."
(Reportagem de John Irish)
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